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SEÇÃO
Crônicas
20/04/2021 - 06h31
Os perigos da fofoca
Maria Cândida Vieira
 

Nunca vou esquecer de uma história que li quando criança. Nela, uma aluna com dificuldades em Matemática consegue tirar uma nota muito boa e uma menina, com inveja, diz justamente à menina mais fofoqueira da turma que vira a outra colando na prova. Como podemos prever, a menina fofoqueira, chamada Cristina, logo espalha que a outra tinha colado na prova e não demora a que a menina que tirou boa nota fique com fama de aluna desonesta. A professora, decidindo averiguar, consegue descobrir que tudo não passara de invenção da menina invejosa, que acaba confessando. Entretanto, os danos já haviam sido feitos.

Uma história desta mostra bem como a fofoca é algo perigoso. Embora nós costumemos dizer que onde há fumaça há fogo, a verdade é que a mentira muitas vezes tem tanta força quanto a verdade. Muitas reputações acabam arruinadas por causa de mentiras e fofocas. E é comum que a pessoa que faça fofocas não se importe se o que ela está espalhando é ou não verdade. Desta forma, criam-se escândalos e a pessoa sobre quem se fofoca pode ficar com a reputação lesada.

Seria bom que todos tivessem o bom senso de não dar atenção quando alguém vem dizer algo desfavorável sobre outra pessoa, porque é óbvio que quem fala dos outros não tem boa intenção, além de exagerar. Na mesma história que li, Cristina, a menina fofoqueira, perde uma amiga porque a outra havia lhe contado que achava um colega da turma muito simpático. Em pouco tempo, todos sabiam o que a menina achava do menino e alguns até haviam perguntado se ela não era namorada dele.

Um fato que mostra como a fofoca pode causar mal-estar, constrangimentos e desentendimentos é uma história na vida real, em que a mãe de uma moça, chamada Ana Maria (*), do nada, deu na filha várias broncas, dizendo que ela deveria prestar atenção às aulas e não ficar saindo. A filha perguntou a mãe o que havia de errado e a mãe acabou revelando que alguém telefonara anonimamente para a casa, dizendo que ela não estava prestando atenção às aulas. Como é natural, a moça ficou revoltada, mas a mãe disse que ela devia entender que a pessoa fizera aquilo para ajudá-la.

Façamos o seguinte questionamento: uma pessoa que dá um telefonema anônimo para a casa de outra pode ter boas intenções? Como alguém pode ser tão estúpido que não possa prever que esse tipo de atitude causará constrangimentos e desavenças no núcleo familiar? Ana Maria mesmo disse que ficou mais revoltada com a mãe, por ter dado crédito a um telefonema anônimo do que com a pessoa que havia ligado para sua casa. Ela mesma disse à mãe: “Se essa pessoa achou que eu não estava prestando atenção às aulas, por que ela não veio falar pessoalmente comigo em vez de ligar para casa?” A mãe até disse: “Será que ela não foi e você não foi com quatro pedras na mão?” Como vemos, foi bastante doloroso para a filha ver que a mãe preferia acreditar em alguém que havia ligado sem se identificar.

Todas essas histórias - reais ou fictícias - ensinam que devemos tomar cuidado com gente fofoqueira. Fofocas causam intrigas e mal-estar. Então, não caiamos na tentação de espalhar boatos sobre ninguém. Gostaríamos que alguém espalhasse algo sobre nós, fosse isso ou não verdade?

(*) Nome trocado para proteger a privacidade

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