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Crônicas
23/08/2005 - 17h35
Mexam-se
Moacyr Scliar - Agência Carta Maior
 

A última revista Time traz uma grande matéria de capa intitulada "Aptos para a vida", discutindo os últimos avanços na questão do exercício físico. Chama a atenção uma tabela comparando vários dados de países europeus. Os campeões do sedentarismo são os países latinos, Portugal, Itália e Espanha, nos quais não fazem nenhum tipo de exercício respectivamente 66%, 58% e 47% das pessoas. Em contraste, 96% dos finlandeses se exercitam - a Finlândia tinha a fama de ser o país com o maior número de cardiopatas, o que agora está mudando graças ao esforço da população. Por outro lado, e não por coincidência, Portugal, Itália e Espanha têm a maior percentagem de diabéticos: 9,2% no caso da Itália.

Todo mundo está consciente da necessidade de atividade física. A frase "30 minutos de exercício, quatro ou mais dias por semana" já se tornou familiar. O problema, diz a matéria, é que as pessoas de certa forma mitificam o exercício. A idéia é que, sem academia, sem aparelhos, sem tênis Nike ou Reebok, nada feito.

Idéia equivocada. Oportunidade para exercício todos temos em nossa vida cotidiana e as autoridades de saúde estão insistindo para que as pessoas pensem nisto e usem estas oportunidades. Para subir um andar ou dois podemos usar escadas. Para comprar uma revista perto de casa podemos ir a pé, dispensando o carro (o que, com o preço da gasolina, será até uma forma de economizar). Entre parênteses, caminhar foi um hábito que se perdeu. Estudos realizados nos Estados Unidos mostram que, em 18 anos (1977-1995), 60% dos jovens deixaram de ir à escola caminhando, para fazê-lo em veículo motorizado. Ou seja: o sedentarismo está começando cada vez mais cedo.

Outra idéia equivocada é aquela segundo a qual o exercício tem de se transformar num empreendimento, com horário predeterminado. Também não é assim. Os pequenos esforços se somam, de modo que podemos pensar na atividade física como uma poupança (ou um fundo de investimentos, se vocês quiserem) na qual a pessoa vai depositando sua contribuição - uma caminhada aqui, um lance de escadas ali - formando um "fundo de reserva" que depois vai beneficiar sua saúde.

Academia e trajes esportivos são ótimos, inclusive porque representam o comprometimento da pessoa com seu bem-estar físico, o convívio com outras pessoas etc. Mas, como bem o sabiam nossos ancestrais, a própria vida pode ser exercício, a própria vida pode implicar movimento. Vida é movimento. Mexam-se, portanto.

* * *

Controvérsias e conflitos à parte, a retirada israelense de Gaza deve ser saudada como um grande passo para a paz no Oriente Médio. Esperemos que outras medidas (em caráter de reciprocidade, inclusive) se sigam.

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