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Opinião
28/05/2021 - 06h49
A fuga da segunda dose da vacina
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Um milhão e meio de brasileiros tomaram a vacina anti Covid e não voltaram para a segunda dose. O fenômeno preocupa as autoridades sanitárias porque pode comprometer os esforços para a erradicação da pandemia. Isso sem falar que o meio imunizado pode ter a sensação de protegido e negligenciar nos cuidados como o uso da máscara, a higienização das mãos e o distanciamento pessoal. Se isso ocorrer, estarão sujeitos a contrair e transmitir o coronavírus e ainda proporcionar interações que tornam o micro-organismo mais agressivo e letal.

O Ministério da Saúde, que tabulou o número de negligentes com a segunda dose orienta Estados e municípios ao chamamento desse público para completar a imunização e adverte que, mesmo cumprida essa obrigação, é de vital importância continuar com os cuidados sanitários até alcançarmos o número de imunizados capaz de inviabilizar a circulação do vírus pela falta de hospedeiros no seu raio de ação.

No município de São Paulo, onde os faltosos à segunda dose é de 270 mil, os órgão encarregados da vacinação empenham-se na chamada desse público através dos meios de comunicação, pelo telefone e até em busca ativa, procurando-os em suas casas. Observa-se que, até pela faixa etária vacinada preferencialmente, os ausentes são idosos que se esqueceram da data de retorno, eventualmente moram sozinhos ou até se encontram ou estiveram acamados. A orientação é para, mesmo atrasados, comparecerem aos respectivos postos de vacinação e se regularizem. Só pode ser considerado imunizado quem recebeu a segunda dose há pelo menos duas semanas.

Os médicos e outros especialistas envolvidos no combate à pandemia advertem que o melhor é fazer tudo para não contrair a Covid-19. Isso porque a hospitalização e permanência na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por longos períodos deixa sequelas que exigem tratamento, especialmente fisioterapia, depois da alta hospitalar. Pior é que muitos salvos da Covid acabam perecendo depois dela, em função das seqüelas adquiridas durante o seu combate.

As vacinas até agora aplicadas em nosso país são de duas doses. A Coronavac, produzida pelo Instituto Adolfo Lutz, deve ter sua segunda dose aplicada entre 14 e 28 dias, e a Oxford AstraZeneca, da Fiocruz, prevê intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda dose. Por serem drogas novas, produzidas dentro da emergência da pandemia, ainda existem muitas interrogações sobre os seus efeitos, manejo e solução. Discute-se agora a conveniência da aplicação da terceira dose em imunizados com a Coronavac, mas ainda não há decisão a respeito.

A Nação está apreensiva com as notícias da possível terceira onda. O governo de São Paulo adota medidas de flexibilização - como o aumento do horário e da taxa de ocupação dos prédios comerciais - mas prefeitos vêm gestando medidas mais restritivas e até lockdowns ao verem aumentar a ocupação de vagas nos hospitais. Enquanto as autoridades batem cabeça, uma coisa é certa: a população, no seu próprio interesse, deve manter os cuidados sanitários para evitar contrair a Covid. Essa é a grande opção enquanto os políticos, desafortunadamente, divergem (e até procuram tirar proveito eleitoreiro) sobre tratamento, vacina e outros quetais da grande epidemia.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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