Penso que já estou abusando de tanto afirmar que sou asmático crônico. Sim, sofro de asma desde criancinha. Tomei tudo o que é de remédio e fiz tratamentos. Mas nunca fiquei curado. Os colegas de banco até brincavam fazendo a minha ficha: William Pôrto (meu nome de batismo), brasileiro, casado, esquerdista festivo e asmático crônico... Era e ainda é verdade, sou esquerdista festivo e asmático. Mas hoje, mesmo o assunto tendo a ver com a asma, vou me referir a algo até hilário. Vejam bem, aqui no Nordeste há uma Banda de Forró famosa chamada "Mastruz com Leite". Nunca assisti a um show dela e nem ouço a suas músicas. Nem sei se é boa, deve ser. Evito-a. Por quê? Por causa do nome: Mastruz com Leite. Eu tenho verdadeira aversão à mastruz, e se for com leite eu saio correndo. Explico: quando era criança, até os meus dez ou onze anos, minha mãe me obrigava todos os dias a tomar um copão de mastruz com leite. Eu tomava na marra. Era um sofrimento danado, até que meu pai, compadecido de me ver aperreado, mudou para mel de abelha e comprimidos. Detalhe: no muro da nossa casa tinha uma plantação de mastruz. Como eu, apesar da asma, era muito traquino e presepeiro, de vez em quando minha mãe gritava: - Se você não parar de aprontar eu lhe faço engolir dois copos de mastruz com leite. Eu virava imediatamente um santo. Vou confessar mais algo: adoro vitamina de abacate, mas só tomo de olhos fechados. Parece muito a cor com o mastruz com leite. Inté.
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