Acho que fui o único garoto da minha geração, na minha cidade, Arcoverde, a não admirar os tais Super-Heróis. Juro. Não vibrava com o Superman, Capitão Marvel, Batman... E nem tampouco com os mocinhos dos filmes caubói, do faroeste americano. Sempre torcia pelos índios. Sempre fui assim contracorrente. Continuo assim.

Vejam bem, sou doido por futebol. Adoro. Mas não endeuso jogador. E uma curiosidade: detesto entrevista de jogador, tudo decorado. Detesto ainda mais os narradores e comentaristas, são como biruta de campo de aviação. Mudam de opinião constantemente. Assisto aos jogos com o som desligado. Não riam, é verdade. Mas voltemos ao tema super-heróis. Detalhe: para mim na política não existe heróis. E priu. Heróis, super-heróis são os homens do povo que lutam para sustentar suas famílias, são os médicos sem fronteiras, os profissionais da saúde que estão na linha de frente lutando para salvar as pessoas da pandemia, os entregadores de comida e remédios, motoristas, enfim, quem arrisca a vida para salvar vidas. Esses jogadores, artistas, políticos e autoridades que ganham salários de marajá não são heróis, são uns folgados. Detesto essa expressão super-herói. Inté.