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Opinião
30/08/2021 - 06h30
7 de setembro cívico e sem confrontos
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Faz bem o governo paulista ao desautorizar as manifestações que a oposição insiste em promover, contra o presidente Jair Bolsonaro, no dia 7 de setembro. Não obstante seu alinhamento político hoje contrário ao do presidente, o governador João Dória alerta para a inconveniência de permitir a realização simultânea de eventos antagônicos, que podem ensejar a periclitação da ordem pública, confrontos e vítimas. A sugestão é que quem queira se manifestar nesse sentido o faça no dia 12, data para a qual já existem programados eventos dessa natureza. Dessa forma todos poderão levar a público suas posições mas não se encontrarão e se evitará que a polícia tenha de separar brigas ou conter outras ilegalidades.

Embora chamada e organizada pelos apoiadores do presidente e esperar a sua presença, é conveniente que a manifestação na avenida Paulista não seja tratada como um mero ato pró-governo, mas como a exaltação da Independência e sua importância para a vida democrática que vivemos e queremos manter. Datas históricas consagradas - as nacionais 7 de setembro e 15 de novembro e outras de caráter estadual e até municipal - devem ser cultuadas pelo seu simbolismo e jamais utilizadas para o embate político. O ideal é que unam o povo pelas suas concordâncias e em favor da pátria e do civismo. É que a discussão político-ideológica ocorra em momentos mais adequados e tendentes a resolver os impasses.

Não dá para aceitar que as manifestações políticas sejam levadas a efeito com o objetivo de destruir o adversário ou possam desaguar na desobediência civil, destruição de patrimônio público ou privado e até em vítimas. Política tem de ser pautada por cidadania, jamais pela barbárie. Os políticos, independente de sua ideologia, existem para representar a população e a ela prestar serviços no encaminhamento de suas demandas. Por isso têm toda uma estrutura de trabalho à sua disposição e recebem remuneração considerada altíssima se comparada ao que ganha um trabalhador por mais categorizado que este seja. Em sendo pagos pelo dinheiro do povo, todos os ocupantes de cargos públicos têm o dever de trabalhar e produzir para o bem-estar da sociedade. São incompatíveis as manifestações violentas e destruidoras que nos últimos anos se tem visto Brasil afora.

Espera-se que os manifestantes deste 7 de setembro tenham a Independência como foco e a sua manutenção para o bem geral. Até que levem suas reivindicações, mas evitem a radicalização. E que os governos, na medida do possível, faça o mesmo que São Paulo, impedindo o choque entre adversários, que nada constrói e, ainda, pode fazer vítimas até fatais...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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