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Opinião
01/09/2021 - 06h23
Crise geral no poder
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

O Brasil enfrenta uma crise entre os poderes que surgiu diante dos resultados das eleições de 2018. Os oponentes ao governo passaram a agir para impedir a reeleição em 2022, mesmo percebendo o quanto isso seria prejudicial ao país, que deveria estar unido neste tempo de crise mundial. Pensando no bem geral, poderiam, ao contrário, dar sua contribuição para a paz e o progresso.

É uma situação difícil e típica nos países que possuem pluralidade de partidos, pois todos os políticos que pertencem às respectivas legendas querem se manter no poder, para o mal e para o bem. No Brasil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negociou o segundo mandato e ninguém estranhou. Trump, nos EUA, achou que seria fácil se reeleger, mas escorregou no meio do caminho.

Kishore Mahbubani, autor de vários livros, tem uma visão ampla da economia e política mundial. Chegamos ao confronto da plutocracia (governo dominado pela classe rica) com o governo central forte de partido único. Na plutocracia, muito se falou da classe pobre, mas a ênfase maior foi no pão e circo. No governo forte foi dada ênfase na educação e na ação para sair da vexatória situação em que estava. A renda per capita da China equivale agora a 1/6 da americana. Foi nesse ponto que a paulatina melhora das condições na China repercutiu na precarização que desde os anos 1990 afeta os EUA e o ocidente em geral. A questão não é conter o avanço da China, mas de como restabelecer o equilíbrio rompido para que todos os povos possam evoluir de forma condigna.

A humanidade vive em guerras há séculos, geralmente causadas por disputas econômicas e de poder, sendo o século 20 o mais trágico, quando era esperado que haveria uma união para fortalecer o bem geral e buscar a melhora das condições de vida. Mas atualmente se encontra num ponto de acumulação de decisões mal planejadas que agora irrompem numa cascata de reações adversas. O século 21 traz a marca da turbulência, nada mais se apresenta estável, tudo se mostra difícil de coordenar, então o que poderemos esperar dessa visão tecnocrática fria que quer transformar o ser humano em coisa sem alma?

De longa data a humanidade vive na mais perversa mentira e de forma superficial. O apóstolo João deixou a grande recomendação para a humanidade em geral, do passado e do presente: "Conhecereis a Verdade e ela vos libertará!" Mas conhecer a verdade exige atividade séria e sincera, da alma e do intelecto, pois a crença baseada na fé cega deve se transformar em convicção, a qual só advém através de análises lógicas e coerentes sob a luz das leis da natureza que refletem a perfeição da Vontade criadora de Deus.

Desde os anos 1970 a televisão assumiu a posição do cinema dentro das casas. Que efeito a televisão exerce sobre a sociedade? Em vez de servir de veículo de divulgação, entretenimento e informação, a TV está sendo utilizada como meio de formação de uma mentalidade limitada. As pessoas estão fazendo da televisão e das mídias sociais a sua janela para o mundo e assimilando tudo que veem como verdades absolutas, sem questionar conteúdo ou levar em conta os interesses de quem produz o que é exposto. Impressiona a mediocridade contida em filmes, novelas, vídeos e na programação em geral.

As coisas mudam de repente, os acontecimentos estão acelerados, o caos se instala de um momento para outro como no Afeganistão. Que o Brasil não se torne vítima da cobiça internacional e dos vendilhões da pátria. A vida é construção, mas os seres humanos estão pondo de lado e enterrando a sua essência. Todo o seu pensar se dirige para a posse do dinheiro, acúmulo de riqueza e prestígio pessoal. Para construir de forma sadia, os seres humanos precisam se renovar e se transformar.

Vamos lutar por um Brasil forte e humano. Para isso precisamos preparar adequadamente as novas gerações, para que tenham como meta formar um país de seres humanos que visam o progresso real, sem socialismo, com liberdade, boa qualidade de vida, sustentabilidade, aprimoramento da espécie humana, para que as condições permaneçam em continuada melhora, com respeito ao necessário equilíbrio nas atividades.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

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