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Opinião
23/12/2021 - 06h01
A ceia e as ninharias da vida
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

No Brasil, mais de 60% da população teve perda de renda na fase de parada geral por conta da pandemia. O dinheiro deixou de circular pelo mundo. Após a longa parada, novembro e dezembro assinalam intensificação da movimentação de pessoas. A época é de incertezas. Os resguardos pessoais e cautela nos negócios devem ser mantidos para não pegar as pessoas desprevenidas. Há muitos riscos e astuciosas armadilhas.

São Paulo deveria ser uma das melhores cidades do mundo para o aprimoramento da espécie humana. O descalabro das moradias precárias que surgiram pelas grandes cidades com falta de água, sem esgoto, com mosquitos de todos os tipos vai aumentando pela periferia das cidades maiores como é o caso da capital paulista.

Todo o desmazelo com o país se espelha no aumento da precarização geral da vida. Vamos todos cuidar do Brasil com seriedade. Governantes, oposição, cidadãos e empresários precisam dialogar visando o bem do país, não a sua divisão. Como foi possível que um país dotado de tantos recursos chegasse a isso? Faltam educação para a vida e estadistas honrados.

Em 2001, os EUA elegeram como prioridade exclusiva as ações contra o terrorismo. A China entrou na OMC e passou a faturar alto. A história das guerras do Iraque e Afeganistão é trágica. Mais trágico ainda é a desatenção com a economia interna de produção e o descuido com o preparo das novas gerações. A China fez o oposto, embora com regime e controle forte. O Brasil, nem se fale, tudo errado, o vice que se tornou presidente, sem ter sido vice, e seus sucessores, deixaram um rastro de destruição no país, na indústria, no preparo das novas gerações, atraso e dívida.

De novo a senhora inflação nos visita; quanto dela está vindo fora? Como fortalecer a economia brasileira que emagrece desde os anos 1990 com juros altos, abandono da indústria e dívida que sempre cresce? Qual modelo devemos seguir: o americano decadente; o alemão, que está criando insatisfação na população; ou chinês, que com mão de obra de baixo custo acumulou reservas e avançou na tecnologia? Se todos imitarem a China, como vai ser o comércio mundial? Os países têm de buscar o próprio caminho, sem decair na dependência externa e no atraso.

Há um sério problema na educação. Há grande dificuldade para motivar os estudantes. Eles deveriam ser orientados para conservar limpo o foco dos pensamentos para fortalecer a empatia, a consideração, a generosidade, reprimindo a hostilidade, a arrogância e a agressividade, e ter como propósito a conquista de melhores condições gerais de vida.

Muitas coisas mudaram. Há uma grande instabilidade. Os jovens querem aproveitar a vida, mas não a compreendem. A tecnologia vai contribuindo para o enrijecimento das rotinas e as pessoas estão se distanciando do sentido da vida. Uma possibilidade de fazer um contraponto seria despertar nas crianças o interesse pela lógica da natureza, suas causas, seus efeitos, a naturalidade dos animais e plantas, tudo no intuito de abrir a mente com amplitude e profundidade, para que o homem aprenda a se situar num mundo interdependente no qual todos podem contribuir para a melhora de todos, mas as ninharias da vida aprisionaram as atenções da humanidade.

A pandemia prossegue inquietando os seres humanos. Além dos eventos usuais no clima como tempestades, chuvas e calor excessivo, está ocorrendo algo diferente como se percebe nas temperaturas mais baixas nesta época em que o termômetro usualmente indica temperaturas mais elevadas. Há que se investigar qual seria a causa disso.

Não está fácil para ninguém! Estamos colhendo o que plantamos, quer queiramos ou não. Temos de, em meio à tensão e inquietação procurar entender a vida e seu significado. A natureza se agita. As crises vão mostrando a sua face. O momento é crucial para cada ser humano reafirmar o comprometimento com a ceia natalina, a memória da missão salvadora de Jesus, e desapegando-se das ninharias, olhar para si mesmo com espírito livre, aprofundando-se no saber do significado da vida sob a Luz da Verdade: “Quem somos nós, de onde viemos, para onde vamos?”


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

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