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Opinião
25/01/2022 - 05h39
Salvando o ocidente dos danados
Dartagnan da Silva Zanela
 

“Vivemos hoje uma tremenda inversão de valores”, diz uma pessoa logo ali, tão confusa quanto perturbada. “Precisamos rever os nossos valores”, diz outro indivíduo mais adiante, tão agitado quanto confuso. E assim segue o rosário de lamentações nesta nau desgovernada que somos nós, cada um de nós, inclusive e principalmente esse que agora vos escrevinha.

Se formos proceder de forma séria, serena e paciente, ousaremos começar a refletir sobre esse entrevero, em torno da destruição dos valores, a partir do seguinte questionamento, do seguinte autoquestionamento: o que nós, realmente, valorizamos em nossa porca vida? Dito de outro modo: quais são as primeiras ideias e anseios que arrebatam a nossa mente logo pela manhã e nos acompanham no correr de todo o dia? Quais?

Pois é. Esses são os bens que colocamos no centro de nossa vida e é sobre eles que edificamos os valores que realmente valoramos. E é sobre esses nossos pútridos apegos que construímos o nosso caráter. Isso mesmo, não nos esqueçamos que as coisas apenas valem algo na medida em que lhes damos alguma importância. E apenas damos importância para aqueles bens que graciosamente entregamos a nossa atenção e, com ela, a nossa, como direi, devoção.

Devotamos borbotões e mais borbotões de nossa atenção para inúmeras coisas, coisinhas e coisonas, menos para os valores que dizemos, escandalizados, que foram subvertidos e usurpados de nós.

E é devido a essa nossa devoção pervertida que precisaríamos começar revisando a quantas anda o nosso coração antes de querermos aprumar e salvar os valores da tal sociedade ocidental, pois, francamente, de nada adianta querermos preservar algo que não encontra abrigo nem cultivo em nossa alma.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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