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Opinião
11/02/2022 - 05h51
Menos gripe e o fim da pandemia
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O atendimento a pacientes com síndrome gripal - aquela identificada junto com a chegada da variante ômicron do coronavírus - felizmente está caindo por todo o país. O quadro foi inicialmente identificado no Rio de Janeiro, onde os registros apontam redução da ordem de 26% na procura por atendimento. Em Jundiaí (SP) a informação é de que o número de gripados diminuiu 57% nos pontos de atendimento e em Bauru (SP) a Secretaria Municipal de Saúde diz que a queda foi de 54,4% de uma semana para a outra. Também há registros de redução no número de atingidos pela gripe em Fortaleza (CE) e Teresina (PI). A tendência deve ser n acional, mas não há tabulação sistemática dos dados.

O número menor de gripados é visto pelos médicos como indicativo de que o pior do reaquecimento da pandemia pode estar passando, mesmo tendo na terça-feira (08/02) se registrado o maior número de óbitos no país decorrentes de Covid desde o dia 17 de agosto do asno passado.. Foram 1174 vítimas fatais em 24 horas. Por conta da diminuição dos gripados, começam a ser desmontadas as estruturas de emergência criadas em dezembro e janeiro para socorrê-los. Volta a expectativa de que, sem o efeito cumulativo da gripe, os casos de Covid, que continuam sendo positivados tendam a não evoluir para a gravidade, exceto nos portadores de comorbidades, idade avançada e os que rejeitaram a vacina ou negligenciaram a segunda e terceira doses.

O motivo de otimismo dos operadores de saúde é que já temos mais de 70% da população com vacinação completa contra a pandemia. Entre os mais de 167 milhões de vacinados, 151,5 milhões receberam a segunda dose, o que representa 70,54% da população com a imunização completa contra o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, 295.788 pessoas receberam essa dose de reforço. Somando as vacinas de primeira e segunda dose aplicadas, além da terceira de reforço (1.206.185), o Brasil administrou 1.603.581 doses na terça. Já em relação à vacinação pediátrica (para crianças de 5 a 11 anos), o Brasil chegou a 3.894.466 doses, o equivalente a 19% deste público.

Espera-se que a soma de fatores nos conduza à solução da pandemia. Desde o começo, falou-se que quando atingíssemos 70% de imunizados, ocorreria o chamado “efeito rebanho” e o vírus deixaria de circular pela falta de hospedeiros disponíveis e próximos ao seu raio de ação e infestação. Como a vacina não é a garantia de não infecção (embora ela seja de menor gravidade), ainda há a necessidade dos cuidados de distanciamento, a higiene continuada das mãos e o uso da máscara.

A constatação da menor letalidade da variante ômicron é outro fator positivo e indutor da crença de que a crise sanitária logo se extinguirá. Contudo, ainda não há como se prever prazo para que isso ocorra e nem em que condições se concretizará. A perspectiva mais viável é que a presença do coronavírus deixe de ser classificada como pandemia mas ainda permaneça como endemia, exigindo alguns cuidados contra a possível infecção.

A diminuição da síndrome gripal é uma boa notícia. Mas ainda não autoriza a baixa da guarda. Tanto que os eventos de grande público estão desaconselhados e o Carnaval, por exemplo, se ocorrer, deverá ser em fins de abril ou começo de maio, quando se espera já haver um quadro sanitário definido e a possibilidade de estabelecer normas de relacionamento segura entre os foliões e outros participantes. As escolas também estão operando com restrições por conta das emergências trazidas pela ômicron, mas todas voltam a funcionar e aos poucos deverão ir baixando as restrições.

O momento é de expectativa e esperança que nos próximos meses a vida volte ao normal. Que o número de óbitos volte a baixar, mesmo entre os portadores de comorbidades e os fujões da vacina. E que, se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e demais órgãos controladores da Saúde aprovarem, que venham a quarta, a quinta e quantas doses de vacina forem necessárias para manter a saúde do povo...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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