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SEÇÃO
Crônicas
14/02/2022 - 05h57
É preciso saber viver
José Luiz Boromelo
 

O convite chegou pelo aplicativo do aparelho celular. Chamou logo a atenção pelo conteúdo até então inusitado por parte daquela pessoa. Fora feito de maneira simples, clara e objetiva, sem deixar margem para interpretações dúbias. O chope no fim de tarde seria no Bar do Pileco e o Mirtão já havia sido convidado também. Assim como o convite inesperado, o pedido de desculpas no envio da mensagem veio rápido e pôs fim ao equívoco digital. Fiquei imaginando a reunião daqueles amigos batendo um papo saudável e saboreando um chope geladíssimo, devidamente acompanhado por indispensáveis iguarias como uma generosa porção de coração, fígado, moela ou ainda contrafilé em tirinhas com cebola. Coisas simples, mas que proporcionam momentos de prazeres singulares.

Pequenos prazeres são importantes na vida. Desde que vivenciados com comedimento, é uma forma eficiente para espantar os desatinos diários e colocar de lado (mesmo que momentaneamente) os problemas a que todo ser humano está sujeito. Porém, enquanto muitos conhecem seus limites e procuram se manter dentro das quatro linhas, outros mais afoitos exageram na dose (literalmente) e acabam protagonizando cenas dignas de filme pastelão. Esses momentos de reunião conhecidos como “happy hour” promovem interações positivas entre as pessoas, tão importantes em época de pandemia, em que alguns mais exaltados parecem ter deixado o equilíbrio e o bom senso em casa. Ou a educação e o respeito na lata do lixo. Atualmente, qualquer coisa já é motivo para se chegar às vias de fato. Uma “fechada” involuntária no trânsito, um desentendimento banal pelo não uso de máscara ou outro motivo completamente irrelevante transforma cidadãos pacatos em contendores prontos para a briga. Nota-se que as pessoas parecem carregar consigo a irritação e o estresse e qualquer incidente se transforma em gatilho para a explosão de violência.

Saber viver bem soa quase como uma utopia, mas existem maneiras de equilibrar os altos e baixos da vida. Jamais conseguiremos planar continuamente em céu de brigadeiro, como se os problemas não fizessem parte de nosso cotidiano. Mas viver com sabedoria se faz necessário, porque o improviso ante as dificuldades é inerente à existência humana, nos mais distintos momentos. Assim como a letra da música famosa, “É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer. É preciso saber viver”. Então, que venha o chope com os amigos, a pescaria, a viagem tão esperada, a estadia no resort, a balada; ou simplesmente a companhia inseparável de um bom livro, da música preferida, do amigo pet, da sombra das árvores. Enfim, é preciso mesmo saber viver! E como é bom viver!


Nota do Editor: José Luiz Boromelo, escritor e cronista em Marialva, PR.

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