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Medicina e Saúde
20/02/2022 - 06h42
Leucemia: o que devemos saber?
 
 
Mês de fevereiro é o de conscientização da doença que afetou, em 2020, mais de 10 mil pessoas no Brasil

Muito vem se falando sobre a campanha Fevereiro Laranja, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a leucemia, doença que atinge células da medula óssea - órgão que fabrica as células do sangue. Neste contexto, é importante ressaltar informações sobre o diagnóstico precoce e a doação de células-tronco. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 foram diagnosticados 10.810 casos novos de leucemia no Brasil, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. A hematologista Lorena Bedotti Ribeiro, do Grupo SOnHe- Oncologia e Hematologia (www.sonhe.med.br), explica que na medula óssea saudável as células-tronco nascem, amadurecem e passam por um processo de diferenciação, formando os diversos tipos de células do sangue: glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias) e plaquetas. Quando ocorrem mutações nas células podem surgir as leucemias. “As leucemias são cânceres hematológicos decorrentes de mutações genéticas nas células-tronco da medula óssea, gerando glóbulos brancos doentes que não funcionam normalmente, se multiplicam mais rápido e morrem menos, atrapalhando a produção saudável das demais células da medula. As leucemias podem ocorrer em qualquer fase da vida, desde o nascimento, até em idades muito avançadas, e o diagnóstico costuma ser feito a partir de exames clínicos simples, como o hemograma”, diz.

Existem mais de 12 tipos de leucemia, que podem ser classificadas como crônicas ou agudas, a partir da velocidade de progressão do quadro ou o tipo de célula comprometida. “Quando crônica, há produção de células maduras, capazes de realizar algumas funções normais, progredindo lentamente. Quando aguda, produz células imaturas,incapazes de realizar suas funções normais, progredindo rapidamente. Sua classificação também depende do tipo de glóbulo branco acometido podendo ser mieloides ou linfóides”, explica a hematologista.

Segundo Dra. Lorena, podem ser apresentados como fatores de risco a exposição a produtos químicos e irradiação, tratamento prévio de outros cânceres, exposição a cigarro e desordens genéticas. “Vale ressaltar que a maioria dos casos não apresentam fatores de risco conhecidos, não podendo ser evitados. É importante ficar atento a alguns sinais como fraqueza, cansaço, tontura, palidez, inapetência, perda de peso, falta de ar, febre,suor a noite, dor óssea, hematomas e sangramentos, infecções, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos (ínguas)”, afirma.

Como qualquer outro tipo de câncer, o diagnóstico precoce proporciona melhores resultados no tratamento. “Normalmente, para diagnóstico são realizados exames com coleta de sangue e/ou punção da medula óssea, como hemograma, mielograma, imunofenotipagem por citometria de fluxo, citogenética, testes moleculares, FISH e biópsia de medula. Tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e punção lombar para coleta de líquor também podem ser necessárias. Já o tratamento e a duração vão depender do tipo de leucemia, podendo ser com quimioterapia (injetável ou oral), terapias-alvo (substâncias que bloqueiam proteínas ou moléculas envolvidas no crescimento das células cancerígenas), radioterapia, transplante de medula óssea e imunoterapia (anticorpos monoclonais ou personalizada)”, esclarece a hematologista..

Para quem é indicado transplante de medula?

Dra. Lorena, que também atua como médica assistente do transplante de medula óssea no Hemocentro e no Hospital de Clínicas da Unicamp, explica que o transplante de células-tronco hematopoéticas é um tratamento potencialmente curativo para uma variedade de neoplasias hematológicas, distúrbios benignos da medula óssea, neoplasias oncológicas, doenças autoimunes e de erros inatos do metabolismo. “É um procedimento no qual o paciente é condicionado com quimioterapia e/ou radioterapia e/ou agentes imunoterápicos, seguido pela infusão de células progenitoras hematopoiéticas de qualquer fonte ou doador para reconstituir a medula óssea. O transplante de medula pode ser dividido em subtipos baseados no doador de células hematopoiéticas, na fonte de células progenitoras hematopoiéticas e no regime preparativo. Cada um desses fatores influencia a eficácia e as toxicidades de curto e longo prazo associadas ao procedimento. Apenas cerca de 25% dos pacientes apresentam doador ideal (aparentado HLA-idêntico). No restante dos casos, torna-se necessário procurar um doador alternativo. Pessoas saudáveis, com 18-35 anos, sem doenças infecciosas, incapacitantes, neoplasias, doenças hematológicas ou autoimunes podem se cadastrar nos bancos de sangue/ Hemocentros para serem doadores e, assim, ajudar esses pacientes a aumentarem suas chances de cura”, finaliza a hematologista.

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