Não, não estou escrevendo sobre o famoso bairro do Rio de Janeiro, onde pessoas carentes "foram convidadas" a morar sem estrutura nenhuma. Bairro este que ganhou as telas do cinema com o filme do mesmo nome. No caso não é coincidência, é a mais pura e simples verdade, e o que é mais cruel tornou-se realidade. Ubatuba é a nova "Cidade de Deus". Tudo é feito, tudo é realizado em seu nome. As Cruzadas renascem de forma triste e desumana. Neste período lutava-se de acordo com um ideal que eles acreditavam. Hoje luta-se descaradamente por dinheiro. Em nome de Deus, organizam festas, constróem templos faraônicos, se autodenominam apóstolos, anciãos, pastores etc. Jesus, Maria, José, neste município existe alguém que participou da Santa Ceia, isto é incrível! Enquanto isso as mazelas continuam e ninguém faz nada! Miséria, desemprego, fome...

Conseqüentemente não há saúde e nem educação, pra que? Um povo informado questiona e o que querem são pessoas desacreditadas, sem perspectivas para a famosa "lavagem cerebral". Isso é nojento, não consigo achar outra palavra, pois significa explorar o homem na sua essência, na sua alma. Valha-me Deus! Explorar fraquezas, isto é repugnante. Foi Deus que quis assim, mentira, nós somos a sua criação mais perfeita e além disso foi nos dado o dom mais divino e precioso: o livre arbítrio. Todos têm o direito de escolher o seu destino. O bem e o mal existem, mas nós podemos escolher qual caminho seguir. E nem mesmo o todo poderoso interfere. Não me venham com banalidades e frases feitas. O que ele quer é ver sua criação feliz! É uma pena que algumas "criaturas" acreditam que podem ser superiores a Ele. Assim escravizam, dominam, matam em seu nome. Ele é o supremo e os que dizem pregar sua Palavra, na maioria das vezes, é em benefício próprio. "... Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei..."

"... Pai, perdoai, pois eles não sabem o que fazem."

Seu filho morreu por nós e nós morreríamos por ele? Amor e não dinheiro. Deus está dentro de nós, seu templo é nosso corpo, suas palavras, nossa alma, o resto é coisa de nossos próprios demônios.

Maria Eduarda Costa Mendonça
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