Acho que na verdade fui atropelada por um "tsunami" chamado excesso de vida. Depois de oito meses de pura integração com a natureza, em Ubatuba, eu me mudei para o Rio de Janeiro. Ubatuba, é um sonho Rio de Janeiro, uma realidade Sempre critiquei os artistas que não terminam suas obras. Em Ubatuba tornei-me artista e passei a não terminar coisas. Pude, graças a este fato, entender o processo criativo: sou sorvida pela emoção, choro, grito, esperneio, gargalho, entro em "ecstasy" e faço, desfaço, refaço sem nunca concluir nada. Não abandonei esta coluna, apenas dei um tempo, um espaço, coloquei minha mente no degelo enquanto automaticamente eu continuava vivendo. Foi preciso. Agora, aos poucos, estou descobrindo meu novo formato, minhas novas telas, meus novos textos porque os antigos se perderam com o "puft" do computador jurássico que eu tinha (é nesta hora que agradeço, e muito, ao fato de ser criativa!). Estou quase de volta. Digo quase porque este texto está um porre. Chato mesmo. Mas mesmo assim será publicado porque não só de flores vive um jardim (que o diga as formigas e ervas daninhas). E é isto. Vem mais no próximo texto que por sorte não estará impregnado com o mau humor da cidade grande. Valeu aí!
Nota do Editor: Paula Tura é escritora, clown e em breve pintora. Mantém o blog: www.mercedesaemergente.blogspot.com.
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