Xiiiiiiiii, nem sei quanto tempo que não escrevo aqui! Confesso que vocês nunca saíram de minha vida. Confesso, também, que fui atropelada. Atropelada pela vida. O acidente foi tão grave que fiquei longos meses juntando os caquinhos que o "tsunami vida" deixou por aqui. Aqui. Não, não mais aqui por que o Aqui de quando iniciei esta coluna era em Ubatuba. Hoje, o Aqui é no Rio de Janeiro, local onde estou morando desde fevereiro e por tempo indeterminado, ou seja até que eu encontre um novo desafio e parta mais uma vez. Deveria falar do "tsunami vida" que me acometeu ou falar das incessantes idas sem volta de minhas buscas. Sinceramente, não sei por onde começar. Sei que continuo escrevendo com muito gosto mas um pouco menos porque não disponho do mesmo tempo de antes. Continuo pintando (se é que posso chamar o que faço nas telas de pintura), indo à praia, inventando moda e como sempre inconformada com a mesmice das pessoas... argh! pra todas elas. Pior de tudo é que sempre me convenço que me irrito com a mesmice dos outros porque eu mesma estou inserida neste quadro. Será mesmo? Também não sei e quando sinto que o assunto mesmice me irrita passo para o próximo que é o medo que as pessoas sentem de mudar. E aí, é claro, também me obrigo a ver este mesmo medo na minha vida e assim sigo fugindo da mesmice, do medo, da acomodação, da vaidade, numa inesgotável sede de mudança, de conhecimento, de descobertas. Ah! Existe uma coisa nova. Novinha em folha trazida pelo "tsunami vida" a vontade de me apaixonar, de sentir aquele frio na barriga, de ver o mundo cor-de-rosa, de esperar a hora de ver a pessoa amada. Mas... e sempre tem um mas... vem junto com um desejo profundo de que esta paixão vire amor e dure, dure, dure por longos e deliciosos anos. Será coisa da idade? Será que estou surtando? Será que deve existir um será para isto? Bom, não sei (mais uma vez). Só sei que estou de volta e pra ficar. Parto agora deixando pendentes os acontecimentos do "tsunami vida" que me fez sair em busca de novos desafios, que me colocou e tirou de um relacionamento afetivo, que me fez mudar de casa, de cidade, de vida e acima de tudo me fez melhorar como pessoa. Tsunamis tem sempre um lado bom. Eu que o diga! Beijo pra vocês, Paula Tura
Nota do Editor: Paula Tura é escritora, clown e em breve pintora. Mantém o blog: www.mercedesaemergente.blogspot.com.
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