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COLUNISTA
Julinho Mendes
04/11/2022 - 05h45
Impávido cara-pálida
 
 
Julinho Mendes 

Um dia, quando garoto, de volta de uma passarinhada, cheguei em casa com a bissaca cheia de berinjelas e pimentões. Vendo os frutos, meu pai me questionou onde consegui aquilo e então falei que peguei na plantação do Japonês, lá na Estufa, logicamente que sem permissão. Foi uma das travessuras de criança com incentivo coletivo de outros meninos. Na mesma hora, meu pai me colocou na garupa da bicicleta e fomos ao local do “furto” devolver ao japonês produtor, o qual até era conhecido de meu pai, pois fazia roupas com ele. Não apanhei, não sei porque, mas o sermão, até hoje paira em minha cabeça. Eram e são assim os verdadeiros pais e mães a advertir seus filhos, a nunca bulir, pegar, retirar o que não é nosso e o que não nos foi dado permissão, enfim, os ensinamentos eram para estudar, trabalhar, ser honesto, nunca permitir, apoiar ou incentivar roubos ou fraudes.

Votei no Lula em seu primeiro governo, acreditando que aquele simples homem era um homem digno, não percebendo todo esquema que ele e os demais “cabeças” de seu partido tinham para se perpetuar no poder. Quando surgiu o Mensalão, percebi que tinha jogado meu consciente voto no lixo. Não que ouvi falar ou que vieram me dizer, a olho nu, falcatruas e mais falcatruas foram acontecendo e todo mundo vendo: corrupções, dinheiro desviado, dinheiro na cueca, dinheiro de nossos impostos sendo aplicado em outros países... Sem contar ainda as intenções de mudar comportamentos sociais e éticos, invasões de terras, favorecimento às mídias etc., tudo isso comentado e analisado por especialistas e estudiosos, como parte do plano para se manterem no poder.

Só vi coisas ruins? Claro que não! As coisas boas aconteceram também, mas nada como natural, de direito e dever que um político honesto e honrado tem que fazer, e não, de dar com uma mão e pegar com a outra. Na política não se dá e sim se devolve porque o dinheiro é do povo, mas não é o que vemos e acontece, enfim.

Como já falei, em crônicas anteriores:

- Não me sujeito a ter político de estimação, tenho sim a esperança de um dia ver um politico honesto, administrar bem o dinheiro do povo e devolver, no mínimo, saúde de qualidade, educação e segurança.

Sou um simples eleitor brasileiro, limitado sim nos estudos políticos, até porque não é minha paixão, mas tenho ainda direito de me posicionar e de me expressar, e as faço sem medo algum, posso estar certo ou errado, mas consigo me expressar.

Quatro anos atrás, me expressei a favor do presidente Bolsonaro. Até mesmo, como faço com qualquer político, sempre fico com um pé atrás; vão me perguntar:

- Se decepcionou?

Digo que não, mas também não foi aquilo que esperava, até porque o cara enfrentou uma pandemia e que, na minha opinião, fez o que pode para ajudar os brasileiros; as mortes vieram proporcionalmente nas populações de todos os países. Infelizmente as falas e gestos, coisa que é dele, dentro de um covil querendo comer-lhe a cabeça e o rabo, não lhe caiu bem, ou seja, foi um prato cheio para a oposição, e para a mídia e artistas recém-desmamados fazerem a festa e induzir o povo; igual touro de tourada, lhe ferindo o tempo todo em uma covardia horrenda, porque sabemos que o dinheiro tirado das principais mídias causou um grande buraco nas emissoras, com grande demissão de artistas e cortes de gastos. O cara sozinho enfrentou e desestruturou o império global, os esquemas de corrupções, Ong’s parasitas, recebedor de bolsa família fantasmas... Jogaram a Amazônia nas costas dele, como se antes dele não existisse desmatamento. Foi muito pesado o fardo que esse cara carregou durante esses quatro anos, isso temos que ter a consciência.
Escreveria aqui um jornal ou um livro sobre a atuação desse governo e, no meu entender, digo que foi melhor do que ruim.

Vendo (não ouvindo e nem alguém me dizendo) os escândalos e corrupções de 16 anos de Lula, eu não poderia me deixar levar por falácias de uma mídia desmamada, tendenciosa e mentirosa, então me posicionei a favor da reeleição de Bolsonaro, coisa que reeleição eu também não gosto, mas que a lei permite e que não podendo sair de meu pensamento e visão, não poderia votar num cara que já tinha corrompido e deixou corromper o meu país.

A fala, pós eleição, que o Brasil inteiro ouviu do Lula, foi muito bonita, mas a imagem da cara deslavada, inabalada do homem do nosso dinheiro na cueca, atrás do Lula é, no mínimo, desanimadora, é explicitamente dizer que o crime compensa, concordando assim e já encrustado na cabeça da sociedade, como uma normalidade, sem efeito de desonra e repúdio. Vimos ainda nas mídias a comemoração de traficantes disparando tiro de metralhadora ao ar, gangues saqueando Ceasa e supermercado no Rio de Janeiro. O que se espera isso?

Dá pra confiar? Dá pra acreditar? Dá pra ter esperanças? O tempo vai dizer!

Pois então, esse é meu ponto de vista, errado ou certo, expresso-me aqui. E vou dizendo também que me simpatizei pela pessoa e pelo trabalho do governador de Minas, o Zema, que se candidato a presidente for nas próximas eleições, já tem meu renovado voto de esperança.

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