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Opinião
18/09/2005 - 08h32
Guevara, Maluf e Malufinho
Douglas Mondo
 

O Bom: há que endurecer, mas sem perder a ternura jamais.

O Mau: não tenho dinheiro algum no exterior. Jamais fui corrupto.

O Feio: abri essas contas no exterior a mando de meu pai.

Três homens, três histórias. Dois, quase com a mesma idade. Um morto em 1967 pelas forças imperialistas do capitalismo. Outro, o retrato da existência medíocre da ganância.

O terceiro, o filho do Mau, apenas repetição do modelo da mediocridade.

O Bom deixou o legado para os filhos da liberdade: nossos filhos devem possuir as mesmas coisas que as outras crianças, mas eles devem também ser privados daquilo que falta às outras crianças.

O Mau fez de seu filho braço direito no antro da corrupção: fui algemado e isso é um ultrage à minha pessoa.

O Bom morreu pobre sem vintém, adormecido nos braços sonhadores da poesia. O Mau ergueu suas mãos aos céus e bradou: Por quê me abandonaste, fui seu filho um dia?

- Odeio corruptos! Exclamou o Altíssimo, num dar de ombros!

O Bom foi chamado de louco e idealista: muitos me chamarão de aventureiro, e sou, só que de um tipo diferente. Sou dos que põe a vida em risco para demonstrar suas verdades.

O Mau foi preso, ladrão e mentiroso: não sou titular das contas, mas apenas o beneficiário.

O Bom lutou contra todas as formas de opressão social: acima de tudo, procurem sempre sentir profundamente qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um revolucionário.

O Mau provocou injustiça social: 300 milhões de dólares depositados em contas bancárias em Genebra, em Paris, nos Estados Unidos etc. etc.

O Bom ergueu suas mãos aos céus e cantou: os poderosos podem destruir uma, duas ou três flores, mas nunca deterão a primavera.

O Mau será conhecido como um dos maiores bandidos de todos os tempos: Salin malufou!

O Bom deu sua vida por uma causa: deixe-me dizer, com o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é feito de grandes sentimentos de amor.

O Mau fez de sua mulher e o Feio beneficiários de desvio de dinheiro público, em contas bancárias abertas no exterior: amo Silvia e meus filhos!

O Bom era chamado Ernesto, o Mau doutor Paulo. O Bom era médico, o Mau, ladrão!

Um a história abençoou Che Guevara, outro a Justiça condenou prisão.

Ambos filhos da mesma espécie. Um, sonho de liberdade! Outro, retrato de um cão!

Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamas!

Ao Feio, resta a conclusão: Salinzinho, filho de Maluf, ladrãozinho é!


Nota do Editor: Douglas Mondo é advogado, escritor e presidente da Tv Japi Mais.
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