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Medicina e Saúde
23/09/2005 - 12h05
Revistas femininas informam mal sobre nutrição
Agência USP de Notícias
 
Problemas aparecem em todas as revistas, aponta mestrado defendido na USP que analisou as principais publicações editadas em São Paulo no primeiro semestre de 2002

As revistas femininas não informam adequadamente sobre Nutrição, mesmo quando recorrem a especialistas e autoridades da ciência. Informações desencontradas, falta de dados importantes e foco apenas nos valores calóricos - esses são alguns dos problemas citados pela nutricionista Daniella Moreira de Souza, autora de um dissertação de mestrado que analisou publicações de três grandes editoras de São Paulo durante o primeiro semestre de 2002.

Daniella, que fez seu estudo pelo Programa Interunidades de Nutrição Aplicada (Pronut) da USP, afirma que a quantidade e o tipo de erros são homogêneos - eles aparecem em todas as revistas, das mais baratas às mais caras. "Nenhuma das publicações informa a notícia por completo", aponta.

No total, a pesquisadora encontrou 349 artigos. A maioria deles (125) era assinado por nutricionistas. Outros profissionais de saúde assinavam 49, e outras pessoas, 105; 70 artigos não faziam referência ao autor. Daniela centrou seu estudo nos textos que falavam sobre alimentação equilibrada (52) e alimentos funcionais (40).

Faz bem. Mas quanto?

Segundo a pesquisadora, muitas das reportagens alertam para o perigo de se comer determinado alimento em excesso, mas não definem o que é esse "excesso". Além disso, é comum que uma matéria sobre as propriedades benéficas de um alimento também não mencione a quantidade adequada. "Por causa da falta de informações, a leitora acaba não consumindo o alimento. Ou, na pior das hipóteses, ingere em quantidade que pode lhe fazer mal", revela a nutricionista. "Uma revista chegou a recomendar uma dieta de mil calorias quando a receita tinha, na verdade, 500 calorias."

Outro problema está na falta de informações sobre como o alimento deve ser ingerido. Daniella relata que, durante uma palestra, descobriu que muitas pessoas haviam comprado soja depois de ler reportagens e assistir a programas de televisão sobre seus benefícios. Mas, por falta de informações sobre como preparar a soja, muitas delas simplesmente guardaram os grãos em casa.

Tendências

A pesquisadora notou que os artigos seguem uma mesma tendência na escolha dos temas. "Há uma espécie de ’moda’. As revistas publicam as mesmas coisas na mesma época, mesmo que entrem em contradição com o que foi dito pouco tempo antes". Por exemplo: em fevereiro de 2002, uma pirâmide de alimentos era um dos principais temas. Em março, uma nova pirâmide foi divulgada pelos mesmos veículos, sem referências às recomendações anteriores.

Nesse aspecto, o fator comercial é de grande relevância. As mulheres querem ficar magras, e as revistas (que querem vender) trazem a suposta receita. Por isso, a estética é insistentemente a linha-guia das reportagens sobre alimentação. "Infelizmente, dá-se muita ênfase ao valor calórico dos alimentos, em detrimento de outras propriedades nutricionais talvez até mais importantes", critica a nutricionista.

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