Nas propagandas da Justiça Eleitoral vistas na TV, o referendo popular de 23 de outubro é apresentado como apenas um simples endosso que a população brasileira irá dar à "proibição do comércio de armas e munições". Na verdade, a Justiça Eleitoral está cometendo um crime, ao induzir o eleitor a votar a favor do desarmamento, ou seja, a favor da "proibição" do comércio de armas e munições. Nenhum órgão público pode fazer propaganda eleitoral, seja a favor ou contra o desarmamento. O que a Justiça Eleitoral poderia dizer na TV, dentro da lei, para orientação dos eleitores, é que se trata de um referendo sobre o "comércio" de armas, sobre o qual a população dirá seu "SIM" ou "NÃO", e não de um referendo para tratar da "proibição" desse comércio. O referendo foi aprovado no Congresso Nacional para que o cidadão decida se a venda de armas será permitida ou proibida no Brasil. O referendo, portanto, não pode ser apresentado por um órgão público como sendo um endosso do projeto do Leviatã fidelulista, afinado com os objetivos estratégicos do Foro de São Paulo. A proibição da venda de armas e munições tem o apoio maciço de ONGs como Viva Rio e Sou da Paz, que recebem vultosas somas de dinheiro do exterior para desarmar a população brasileira ordeira, de modo que o Estado totalitário pretendido pelas esquerdas possa ser consolidado sem nenhum tipo de reação da população democrática, que é a maioria absoluta. O que o governo petista pretende, com uma formidável mãozinha da Justiça Eleitoral vista na TV, é simplesmente aprovar o 10º mandamento do Decálogo de Lenin: "Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa". Não seria o caso de alguma entidade acionar a Justiça para enquadrar os responsáveis por esse crime eleitoral? Com a palavra a OAB, a ABI e a ANJ. E todos os amantes da liberdade. Da mesma forma que devemos condenar o empastelamento que recentemente sofreu o Diário de Marília, assim deve-se repudiar esse atentado que a Justiça Eleitoral promove diariamente dentro dos lares brasileiros. É interessante, ainda, observar as Armas da República que compõem o ambiente de fundo do apresentador da propaganda arbitrária. A quinta estrela da imagem do Cruzeiro do Sul fica à esquerda, não à direita, que seria o correto. A propaganda da Justiça Eleitoral peca duas vezes: desenha errado o Cruzeiro do Sul, ao olhar a famosa constelação do outro lado da Via Láctea, e promove impunemente um anúncio criminoso. Nota do Editor: Félix Maier é escritor e publicou o livro "Egito - uma viagem ao berço de nossa civilização", pela Editora Thesaurus, Brasília.
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