Navegando pela web, visitei alguns dos novos destinos turísticos (nacionais). É fácil perceber e, encontrar, todas as explicações, nos mínimos detalhes, da queda vertiginosa da nossa taxa de ocupação (nos meios de hospedagem) e, da debandada, dos bons e tradicionais clientes de outrora. São os disputados, moderníssimos e caros resorts do nordeste. Aliado ao clima favorável, investidores e empreendedores encontrando terreno "fértil" lá aplicaram, sem receio, seus recursos. Pelos montantes investidos, foram para ficar. No site do governo da Bahia recebe-se um delicado convite: "Venha investir na Bahia". São inúmeros os roteiros e sugestões de investimentos. É possível neste mesmo site, com simplicidade e rapidez, obter todas as informações, inclusive detalhes técnicos e, a relação dos documentos necessários para a aprovação de quaisquer empreendimentos industriais, comerciais ou de serviços. Pode-se também constatar, junto a estas informações, os prazos para aprovação de cada situação. Prazos definidos e regras claras e transparentes. Sem demoras. Sem surpresas. Quem investidor não quer? Indico aos reticentes: www.bahiainvest.com.br. Enquanto não temos um mísero Plano Diretor (que só sairá a fórceps) e sofremos ingerências legais do governo do nosso estado (parques, gerenciamento costeiro, áreas de preservação - nada contra a nenhum destes), sem que ele nos apresente e financie, o resultado prático destas ingerências na vida da população, sonhamos, ingênuos, com a nossa vocação turística. Enquanto sonhamos, o programa de Regionalização do Turismo nos ilude com o mote: "São Paulo, o estado mais completo em potencialidades e atrativos turísticos do Brasil" (Imaginem, se um governo qualquer soubesse aproveitar?) Este programa (que propõe juntar água e óleo) incentiva a mais e mais municípios (afinal o governador já está em campanha presidencial) a "vocacionarem-se" para o turismo, aumentando a disputa pelos minguados recursos e pelos já "rarefeitos" passageiros. Assim seguimos sem destino, querendo ser um destino. A maior parte da nossa hotelaria (base de um destino) esta antiquada, ultrapassada e desgastada. Como reverter este processo? As infindáveis dificuldades que "oferecemos" e "criamos" fazem os investidores e empreendedores passarem cada vez mais ao largo. Ora, então não basta ter apenas vocação? Ter o lugar mais bonito do mundo? A vocação, não se auto executa e, "Beleza, não põe a mesa". Que bom seria, se qualquer euforia, não fosse apenas mais um sonho de verão. Deste verão com o qual sonhamos, todos os anos, enquanto hibernamos nas demais estações.
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