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03/10/2005 - 08h12
Cada vez mais num buraco, cada vez maior...
Rogerio Rodrigues
 

Trata-se de mais uma conseqüência funesta das decisões erradas de suas administrações públicas, o fato de Ubatuba sair negativamente na mídia.

Já há alguns meses atrás, fui surpreendido pela legítima indignação de um de nossos persistentes freqüentadores, que publicou texto no Jornal o Estado de São Paulo.

O mesmo com razão, fazia crítica referência ao lastimável estado de conservação de nossas ruas e estradas.

Como moradores, às vezes nos "acostumamos" ao mau trato. Os buracos surgem um por vez, o mato cresce aos poucos, a sujeira (salvo quando um evento esportivo acontece) se acumula gradualmente e assim, tal como pais que não percebem seus filhos crescerem justamente porque os vêem diariamente, deixamos nosso padrão cair literalmente, dentro do buraco.

O assunto é ainda mais grave quando percebemos que em alguns casos pagamos pelo asfalto a duras penas (lembrem-se do Itaguá...), através de contribuição de melhoria. Alguns cidadãos inclusive pagaram e não têm asfalto até hoje!!! O contribuinte fez sua parte. A partir daí, a manutenção é legalmente obrigação da Prefeitura que lança taxa de conservação e limpeza para fazê-la e não faz. O contribuinte paga 2 vezes e fica sem o serviço. Se fosse uma empresa seria acusada de estelionatária. Se deixamos de pagar IPTU, nos ameaçam com leilão não é mesmo??? Mas como é a PMU, nada acontece. Mas acreditem, tem mais!

Tenho um amigo, que soube de lei de autoria do vereador Marcos Francisco que obriga a PMU a pagar pelos estragos materiais e humanos decorrentes do mau estado de conservação das vias públicas. Nada mais justo: Se você tem sua roda, amortecedor ou coluna de direção (ou vertebral) quebradas pelos buracos, pode pedir ressarcimento que a Prefeitura teria por obrigação legal, reembolsá-lo. O problema, é que a PMU não concorda com isso e não paga. Sou prova viva: Meu amigo teve a suspensão do carro quebrada em uma cratera de 3m de largura em uma rua da cidade (a mesma ainda está lá para quem quiser ver), fez BO, pediu orçamento e abriu processo pedindo ressarcimento. A resposta? A Prefeitura não reconhece esta lei e só pagará se for condenada na justiça a fazê-lo. Sabem qual o pior? O tribunal de pequenas causas, aquele a quem o pobre contribuinte pode recorrer sem ter que pagar advogado, não aceita causas contra a Prefeitura. Desta forma, o contribuinte com a coluna, o carro, a moral e o bolso quebrados desiste, até que um turista indignado o lembra no jornal, que talvez a mais funesta conseqüência de toda esta incompetência e falta de caráter, seja a de que, para quem nos visita, a imagem de abandono, pobreza, somada às massas de coitados que para Ubatuba incessantemente migram em busca de melhor condição de vida, acabam com nossa esperança de melhora. Ao se priorizar em uma operação tapa-buracos os bairros periféricos, o que se faz não é ajudar à população de baixa renda, mas sim prejudicá-la diretamente. Se não temos recursos para arrumar tudo, temos que arrumar as avenidas principais, as vias de acesso turístico, os locais de recepção. Até uma dona-de-casa sabe muito bem que se vai receber visitas e não tem tempo de arrumar toda a casa, deve varrer a frente, arrumar a sala e depois o resto, não é mesmo? Parece que nossos administradores deveriam ter aulas com suas esposas. Trata-se do óbvio. O que será dos bairros periféricos se não houver mais emprego? E se todas as empresas quebrarem porque não conseguem mais competir com o comércio ilegal e com todo este abandono? Ainda sobre o asfalto: Alguém já parou para pensar que absolutamente com certeza não é a melhor opção para nossa cidade? Que os bloquetes ou paralelepípedos são sim a melhor opção? Que um pouco de vibração com baixo custo de manutenção é muito, mas muito melhor do que asfalto que precisa de emulsão, máquinas e empreiteiras? Quantos anos tem os bloquetes da Av. Iperoig? Quantos buracos tem lá? E o asfalto no Itaguá e Parque Vivamar? Dá para comparar? Será que os grandes defensores do asfaltamento do Centro vão pensar o mesmo quando o asfalto lá, estiver nas mesmas condições que o Itaguá e Vivamar? Será que colocar bloquetes com mão de obra local que depois podem precisar de manutenção novamente com mão de obra local não é socialmente muito mais interessante do que mandar dinheiro para fora da cidade através de empreiteiras externas? E em relação à água? Aqui quase não chove, não é mesmo? A drenagem superficial proporcionada pelos bloquetes possibilita uma drenagem mais rápida e eficiente em relação ao asfalto. Será que estou errado? Gostaria de ver uma planilha com os custos de instalação e manutenção do asfalto, incluindo os prejuízos morais e materiais causados à sociedade como carros quebrados, acidentes e um artigo negativo e de repercussão nacional como este do Estadão.

Resta-nos perguntar aonde está o "Resgate de Ubatuba", Sr. Eduardo César???????

Túnel para o Sumidouro??? Isto é prioridade ou é porque o Sr. mora lá perto???

Que tal começar o resgate pelas ruas de acesso turístico? É pedir muito, pedir o óbvio???

Fui.

Rogerio Rodrigues
rodrigues@itudo.zzn.com

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