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Opinião
09/10/2005 - 16h09
O Lula disse
André Arruda Plácido - MSM
 

A novela brasileira da política de botequim, da falta de respeito ao eleitor que paga os mais altos impostos da “história da República” continua. Lula disse que “Faz 120 dias que o Brasil vive subordinado a centenas de denúncias. As mentiras irão aparecer e as verdades também. Acho que os deputados devem estar com muita dificuldade de apurar a concretude das denúncias feitas. As denúncias aparecem e depois não se concretizam e fica o dito pelo não dito”. Lula não disse que o governo, liderado pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), impediu, na CPI dos Correios, a quebra do sigilo bancário de 11 corretoras que teriam causado prejuízos a fundos de pensão em operações de compra e venda de títulos públicos. Isso apenas ocorreu depois que a “oposição” se revoltou e a opinião pública reagiu. Também não disse que por 15 dias a CPI não votou por falta de parlamentares. “E não existe pedido de desculpas, não existe reparação, não existe retratação”, alardeou o presidente. Ora, quem até hoje não enfrentou entrevista coletiva e não se retratou pela traição aos milhões de eleitores, formação de quadrilha pela alta cúpula do PT, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, mensalão e o caixa 2, foi Lula. E pensar que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que caixa 2 é coisa de bandido...

Na favela de Heliópolis Lula fez campanha com os pré-candidatos petistas ao governo do Estado, Aloízio Mercadante e Marta Suplicy. Usou o cantor Netinho para não correr o risco de ser vaiado. Daí para frente o de sempre: Disse que morou perto da favela, que não tinha dinheiro para pegar o ônibus e usou da humildade habitual: “Sou um exemplo de que ninguém deve desistir por causa de situação adversa. Se eu tivesse abaixado a cabeça, possivelmente eu seria um derrotado. Mas eu não abaixei a cabeça, lutei e hoje estou aqui, presidente da República, numa demonstração de que todos vocês, se acreditarem no sonho de vocês e tiverem determinação, poderão chegar onde eu cheguei”. E mostrou seu lado Chávez dizendo que não foi eleito “para fazer as coisas apenas para quem tem dinheiro. Temos de fazer as coisas para a população que não tem nada”. Lula não disse que gastou milhões do povo para eleger Aldo Rebelo. O governo liberou verbas para Severino Cavalcanti: R$ 1,082 milhão; Waldemar da Costa Neto: R$ 1,114 milhão e Roberto Jefferson: R$ 1,2 milhão! Uma semana antes da eleição liberou R$ 500 milhões para emendas parlamentares e cooptou o PL prometendo o Ministério dos Transportes e mais R$ 1 bilhão em recursos, já contabilizados os R$ 500 milhões. No dia da eleição prometeu ao PP que o Ministério das Cidades receberia R$ 950 milhões: R$ 600 milhões em emendas de bancadas e R$ 350 milhões de emendas individuais de parlamentares aliados.

Sobre sua reeleição, Lula disse aos metalúrgicos que se depender dele e da primeira-companheira, Marisa Letícia, continuarão morando em seu “apartamentozinho”. Lula não disse que possui um apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo. A melhor: “Como vocês nunca se arrependeram de ter me eleito presidente do sindicato, também nunca se arrependerão de ter me eleito presidente da República”. É piada, né?

Quanto ao governo de Hugo Chávez, a quem o presidente nutre amor apenas comparável ao que sente por Fidel Castro, Lula disse que a Venezuela é um país democrático. “Poder-se-ia até dizer que tem (democracia) em excesso”. Lula não disse é que Chávez – que se autodenomina revolucionário e soldado - deu golpe militar e é acusado de fraude no referendo para se perpetuar no poder com ajuda da mão armada dos militares. Chávez avisou na TV Cultura que a esquerda é o caminho. “Esse é o caminho da libertação e da salvação do nosso povo. O outro caminho é o consenso de Washington, que é o caminho do inferno”. Água benta nele! “Nós, os líderes (de esquerda), somos conseqüência, não somos a causa”, alertou. Está coberto de razão! A Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), afirma que 96 milhões sobrevivem com menos de um dólar ao dia. Somando os que sobrevivem com menos de dois dólares diários com os que vivem em extrema pobreza, são 222 milhões no caminho do inferno; o equivalente a 43% da América Latina. Junte a isto o analfabetismo e o esquerdismo chinfrim e veremos que líderes de esquerda como Chávez, Castro e Lula são mesmo a conseqüência de toda esta desgraça.

Aldo Rebelo se destacou pelo estupendo projeto que instituiu o “Dia Nacional do Saci-Pererê”. Chamem Monteiro Lobato! Lula não ficou atrás e instituiu o “Dia Nacional do Forró”. Chamem o Genival Lacerda! Que tal o “Dia Nacional do Pinóquio”? Chamem a cúpula do PT! Mas para Lula, Rebelo “tem a sensatez que a Câmara precisa”. Podem acreditar, o Lula disse...

“O PT, que começou como um partido de presos políticos, pode terminar como um partido de políticos presos”. Não, não foi o Lula quem disse. Foi Joelmir Betting. Puro denuncismo...


Nota do Editor: André Arruda Plácido é professor de comunicação, escritor e jornalista, graduado em Relações Públicas pela Universidade Estadual de Londrina (PR) e especializado em Comunicação e Liderança pelo Haggai Institute, de Cingapura.

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