Cerca de 25% da população mundial adulta (acima de 18 anos) sofre de hipertensão arterial. Esta é uma doença também conhecida como "assassina silenciosa", já que metade dos hipertensos não tem sintomas e, portanto, não procura um tratamento adequado. A hipertensão pode ser considerada primária ou secundária. No caso da primária, ou essencial, não existe uma causa definida e o tratamento é feito através de medicamentos para controlar a pressão. Nesta situação encontram-se 95% dos hipertensos. O tipo secundário afeta 5% dos hipertensos. No Brasil este número pode chegar a 1,4 milhão de pessoas. A hipertensão secundária é caracterizada pela presença de uma causa com possibilidade de cura. Grande parte dos hospitais privados no Brasil oferece recursos para investigação e tratamento da doença, como exames de laboratório, tomografia computadorizada, ressonância magnética e angioplastia com implante de stent, entre outros. As causas mais comuns da hipertensão secundária são: Renovascular - É o tipo mais comum de hipertensão arterial secundária e decorre da obstrução das artérias que irrigam os rins. Vários exames podem ser feitos para identificação desta obstrução. A avaliação criteriosa vai indicar ou não a possibilidade do tratamento através de angioplastia com implante de endopróteses (stent) ou cirurgia. O objetivo desta desobstrução é melhorar a função renal e também o controle dos níveis de pressão. Deve-se suspeitar de hipertensão renovascular em casos como: hipertensos jovens (menos de 30 anos); início de quadro de hipertensão após os 50 anos; casos de hipertensão de difícil controle; casos de piora significativa de função renal com presença de sopros na região abdominal, entre outras causas. Endócrina / Feocromocitoma - Entre os casos secundários, cabe ressaltar um tumor na glândula supra-renal, na maioria das vezes benigno, chamado Feocromocitoma. Este tumor secreta substâncias vasoconstrictoras que podem levar a quadros de dor de cabeça, taquicardia, palpitações, suores e rubor facial, geralmente em crises. O Feocromicitoma pode ser avaliado através de exames de laboratório e de imagem. Sua remoção resulta, na maioria das vezes, na eliminação das crises hipertensivas.
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