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Opinião
10/10/2005 - 13h00
Armas que mais matam
Corsino Aliste Mezquita
 

Assistimos a debate estéril, cansativo, oneroso aos cofres públicos sobre "armas de fogo". É proposto por um governo que, supostamente, queria, e parece não ter desistido, implantar um sistema de governo coletivista e, para isso, quer ser o único possuidor de armas. Tanto as de fogo como as econômicas, políticas, sociais, administradoras da JUSTIÇA, saúde, publicidade, propriedade, educação, segurança etc.

Nesse contexto repetimos a frase de Benjamin Franklin: "Quando todas as armas forem de propriedade do governo, este decidirá de quem serão as outras propriedades".

As armas que mais matam, no Brasil, não são as de fogo. Aquelas que estão de posse de cidadãos honestos, equilibrados, respeitadores da vida, dos direitos de propriedade e dos outros direitos de seus concidadãos, são totalmente inofensivas. As armas que mais matam e, a cada dia, decepam milhares de vidas humanas, são de outras espécies. Apenas, a título de exemplo, citaremos algumas dessas armas.

• A desigualdade social
O Brasil é o quinto país do mundo mais desigual. Os quatro, que o precedem, são repúblicas da África Central e do Sul. O Banco Mundial denuncia "armadilha de desigualdade" para perpetuar essa situação. Dezenas de milhões de cidadãos sofrem na pobreza e morrem por falta de meios mínimos de sobrevivência.

• Descaso com a saúde
A situação da saúde pública deixa milhões de gestantes e de crianças com menos de um ano de idade em total desamparo, ocasionando grande mortalidade infantil. Este descaso e o abandono dos hospitais, postos de saúde, asilos, ocasionam dezenas de vezes mais mortes que as armas de fogo. São mortes silenciosas, sem ibope, sem manchetes.

• O abandono da educação
Sem educação, milhões de crianças crescem analfabetos e não conseguem a cidadania de pleno direito. Isso impede sua sobrevivência, na nossa sociedade competitiva.

• A precariedade de nossas rodovias
As crateras existentes nas rodovias administradas diretamente pelo Governo Federal ocasionam milhares de mortes todos os anos, impedem o escoamento de trinta por cento de nossa produção agrícola, oneram os produtos e ocasionam fome, pobreza e morte.

• A política indiginista
O tratamento dado aos nossos indígenas está resultando em mortes de crianças anêmicas, suicídios, problemas com fazendeiros, madeireiros e governo e mancha e estigma para nosso país, frente ao mundo.

• O sucateamento das forças armadas e de segurança
Nossas Forças Armadas foram privadas dos investimentos necessários para vigiar as fronteiras, controlar o tráfico de armas e drogas, proteger à Amazônia e evitar a destruição e as mortes que estão acontecendo em área tão importante para o Brasil e para toda a humanidade. Essa falta de controle já está sendo sentida nas alterações climáticas decorrentes da destruição pelas queimadas e as motosserras dos madeireiros.

As armas que mais matam, inclusas as de fogo, são acionadas pela corrupção, pelas dezenas ou centenas de bilhões desviados, anualmente, dos Correios, Petrobrás, Furnas, Instituto de Resseguros do Brasil, Bancos Estatais, Fundos de Pensão, outras estatais etc. Com esses bilhões, as armas que mais matam, desapareceriam de nosso contexto social em curto período de tempo.

Ao votar, no Plebiscito, lembre-se da frase de Benjamin Franklin.


Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.

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