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Medicina e Saúde
13/10/2005 - 18h14
Ortorexia
 
 
Um novo Transtorno da Conduta Alimentar?

No IX Congresso Brasileiro de Nutrologia realizado em São Paulo no mês de setembro do ano 2005 foi abordado um novo quadro de recente descrição, a ortorexia nervosa.

Conduta Alimentar

A conduta alimentar não é um fenômeno isolado ou independente, é o resultado da interação do estado fisiológico do organismo e as condições ambientais. Para regular a ingestão de alimentos e com o objetivo de equilibrar as necessidades do organismo é utilizado mecanismos que harmonizam a informação do meio interno com a informação nutricional proveniente do meio externo. Dentro dos fatores internos o hipotálamo cumpre uma função essencial sendo o transdutor dos estímulos sensoriais e metabólicos coordenando a resposta em forma de uma conduta alimentar. E para cumprir sua função conta com sistemas de regulação do comportamento alimentar representado por numerosos neurotransmissores, que em resposta ao estado de nutrição interagem para dar uma resposta adequada.

O individuo come em resposta à demanda fisiológica de nutrientes e calorias, porém também pela sensação prazerosa da comida e por razões sócio-culturais. Quando ele responde em forma inadequada à demanda fisiológica de nutrientes e calorias, determina uma disfunção no sistema de regulação.

O atual estilo de vida, onde certos fatores definem a alimentação das pessoas, mais do que a necessidade biológica de alimentar-se (modas, publicidade, prestígio social) leva a uma conduta alimentar inadequada e desequilibrada. Essa alimentação "disfuncional" (Berg, 1996) é freqüentemente desordenada, geralmente irregular, às vezes caótica que pula o desjejum, come entre horas, com freqüência de pé, com ciclos de jejum e semijejum e outras vezes também com diferentes graus de descontrole e voracidade.

Nos estudos e entrevistas alimentares realizadas em populações normais e na experiência clínica, observamos um significativo numero de pessoas com padrões alimentares bem diferentes ao considerado normal. Também aparecem informações errôneas com relação à nutrição ou erros alimentares como a tendência de realizar "dietas da moda" em forma crônica e de substituir refeições adequadas (por exemplo, de um almoço adequado por refeições inadequadas como chocolates ou salgadinhos).

Por outro lado e recentemente esta aparecendo um grupo de pessoas que na procura de uma alimentação saudável no inicio, depois apresentam uma obsessão prejudicial pela qualidade da comida, podendo se manifestar com diferentes condutas. Assim por exemplo pode se observar na consulta médica algumas pessoas que excluem alimentos da sua alimentação (carne vermelha, laticínios, açúcar, gorduras), no entanto sem substituição adequada. Outros que apresentam aversão por um determinado produto: transgênicos, adoçantes, produtos industrializados etc. Ou aqueles que evitam comer fora de casa porque não conseguem comer, segundo eles de uma forma saudável nos restaurantes.

O estudo de Keys e colaboradores em 1950 deu a conhecer que comer menos do que às necessidades nutricionais, podem provocar em pessoas susceptíveis transtornos de conduta. Muitos investigadores teriam confirmado a alta freqüência e o risco desta modalidade de restrição alimentar. Uma "conduta dietante" pode atuar como desencadeante, nas pessoas vulneráveis por razões biológicas, genéticas, culturais.

Transtornos da conduta alimentar

Os transtornos da conduta alimentar, também chamados distúrbios alimentares compreendem um amplo grupo de alterações desde as formas subclínicas ou quadros parciais até a anorexia nervosa, bulimia nervosa e o transtorno do comer compulsivo.

Os transtornos da conduta alimentar se classificam como doenças psiquiátricas, porém se acompanham de complicações médicas importantes, morbidade e taxas de mortalidade alta, entre 5 e 15%, principalmente na anorexia nervosa. Caracterizados por alterações graves do comportamento alimentar são de difícil tratamento, apresentam recaídas freqüentes e podem na sua evolução levar a um quadro de "má-nutrição" de grau variável. Eles têm aumentado a incidência nos países economicamente desenvolvidos e ainda nos que estão em vias de desenvolvimento, principalmente nas mulheres.

Os diversos fatores etiológicos como os genéticos, psicológicos e ambientais misturam-se em diferentes proporções na origem, evolução e prognóstico da doença, em cada caso em particular.

Pesquisas financiadas pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) revelam que as pessoas com estes transtornos do comportamento alimentar, quando recebem tratamento em fase inicial, tem maior probabilidade de recuperação total daquelas que, aguardam anos para procurar ajuda médica. O enfoque nutricional é fundamental na avaliação diagnóstica, tratamento e recuperação dos transtornos da conduta alimentar.

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