Não é o momento mais oportuno para tal referendo. Poderia ser feito, se fosse o caso, juntamente com as eleições de 2006. Pouparia assim mais gastos indevidos do dinheiro público, como organizar, preparar e fiscalizar toda a estrutura de uma votação a nível nacional, mais o custo de comerciais na mídia e também do nosso tempo. Não é o assunto mais importante para ser referendado. Temos muitos outros interesses em benefício da nação e da sociedade para serem analisados, discutidos e aprovados, como a corrupção no governo, a impunidade de alguns políticos, a falta de se dar prioridade a segurança, a educação e a saúde pública, a redução da carga tributária, a reforma política e até a obrigatoriedade do voto. Não é legal proibir! O cidadão tem o direito de decidir o que melhor lhe convém, assumindo a total responsabilidade de suas ações perante a lei. Não é proibindo ou censurando nossas atitudes que exerceremos a democracia. Se permitirmos que o poder nos oprima, perderemos nossa liberdade e nossos direitos. Hoje é: "A Comercialização de Armas e Munições no Brasil". Amanhã será: "Como deveremos nos portar, vestir, falar ou pensar" ou "Como deveremos morar e onde deveremos morar" ou "Quantos filhos deveremos ter e de que sexo nossos filhos terão de ser". E num Futuro não muito distante, quem sabe: "Quanto deveremos trabalhar e quanto teremos que pagar para o Governo nos fiscalizar". Ao contrário: Não é assegurar a nossa liberdade e os nossos direitos. Sim é permitir que o poder domine e cerceiem nossa liberdade. Claudio Gayer Ribeiro cgrclaudio@globo.com
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