Foi-se o Sr. Severino Cavalcante. Chegou o Sr. Aldo Rebelo. Temos um autêntico comunista na presidência da Câmara de Deputados. E seus eleitores comemoram a vitória obtida com quinze votos de diferença. Os deputados “cassáveis” são dezesseis. Em quem será que eles votaram? Mas... está tudo bem. Afinal, o Sr Roberto Jefferson – o homem que fez a denúncia – já foi cassado. Isso já é suficiente. Está tudo bem, não é mesmo? Está faltando pão? Que comam brioches... Nos últimos tempos, o povo brasileiro vem sendo malandramente ludibriado. Cuidado, senhores! Cuidado com o voto do povo que, pouco a pouco, está conseguindo superar a ignorância secular e aprendendo a distinguir o bem do mal. Está ficando cada vez mais difícil enganar o eleitorado. Há poucos dias faleceu Apolônio de Carvalho, um dos mais antigos líderes comunistas brasileiros. Rapidamente tentaram apresentá-lo como herói de lutas em três pátrias: o Brasil, a França e a Espanha. Felizmente diversas pessoas conhecedoras de sua história manifestaram-se contra mais essa mentira e restabeleceram a verdade: Apolônio de Carvalho desertou do Exército em 1935, quando tinha o posto de 2º tenente (o atual Ministro da Justiça quis promovê-lo a general), e não há nenhuma comprovação histórica de que tenha participado de combates na França ou na Espanha. Heróis são, sim, os que combateram a Intentona Comunista de 1935 e os que, como integrantes da FEB, lutaram contra o nazi-fascismo. Outro dia, num programa da GLOBO NEWS, um dos mais prestigiosos jornalistas daquela emissora referiu-se a Luís Carlos Prestes como coronel. Ora, Prestes desertou como capitão, logo após passar seis meses em dispensa total do serviço, devido a problemas de saúde que forjou. E mais: o comandante (e a alma) da coluna que ficou famosa, embora sem nunca ter atingido seu objetivo, não era Prestes, mas o Maj Miguel Costa, da Força Pública de São Paulo. Por que a tentativa velada de adulterar a História? Hoje, a população, preocupada com o pipocar de denúncias de corrupção em Brasília, tem sua atenção maquiavelicamente desviada para a realização de um referendo inventado por razões mal explicadas, no qual quem quer preservar seus direitos tem de responder NÃO a uma pergunta matreiramente formulada. E, para embasar a propaganda oficial, são apresentados dados falsos ou distorcidos de pesquisas encomendadas pelos próprios interessados no caos. Enquanto isso, bandos armados – que certamente são a favor do desarmamento do cidadão – vagam pelo país a invadir propriedades, e são apoiados pelos órgãos oficiais. Por último – embora sem esgotar a longa lista – é importante citar o descaso com que vem sendo tratada a reforma política sonhada pelo eleitor que, mais uma vez, corre o risco de ser ludibriado. Há quem queira, até mesmo, que as campanhas eleitorais sejam realizadas com o dinheiro do contribuinte!!! Chega de manobras evasivas! Não! Não está nada bem. O assunto não está encerrado. Não queremos explicações. Não queremos que fique tudo como está. Queremos resultados. Queremos a verdade. Queremos nossa verdadeira História e não a que está sendo inventada. Queremos um Brasil forte, moderno, rico e respeitado pelas grandes nações do mundo. É para isso que trabalhamos e pagamos impostos. A Revolução Francesa não perdoou a rainha Maria Antonieta, que recomendou ao povo que comesse brioches. Agora, o povo brasileiro é que está perguntando, como Cícero: até quando, oh! Catilina, abusarás da nossa paciência? Nota do Editor: Mário Ivan Araújo Bezerra é General de Divisão (Reserva).
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