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22/10/2005 - 05h25
O plano diretor e a juventude
Rui Alves Grilo
 

Dia 21/10, por volta das 20 horas e 30 minutos, estávamos reunidos na Fundart. Quatro pessoas. Duas do Ipiranguinha, uma da Maranduba e uma da Pedreira. E mais uma vez foi cancelada a sessão do Projeto Fundart Jovem devido às condições do tempo e à falta de um espaço adequado para shows.

Apesar de serem poucas pessoas, mas de lugares tão distantes e de diferentes pontos da cidade, revela que há uma demanda para esse tipo de atividade. O fato da pessoa se deslocar de um lugar distante e ter que voltar porque a atividade foi cancelada leva ao descrédito e ao esvaziamento da entidade.

O que estou dizendo aqui não é nenhuma crítica à direção ou aos funcionários da Instituição, porque há uma grande disputa de espaços para as diferentes atividades que a instituição desenvolve. O que estou tentando dizer é que há uma grande carência de espaços culturais, especialmente para atender a juventude que curte um som mais pesado e que pode incomodar a vizinhança.

Já foi comprovado que qualquer ser humano ou animal quando percebe a redução do seu espaço e a limitação da sua expressão, tende a se tornar mais agitada, a reagir com violência ou a procurar uma forma de descarregar suas tensões.

Para fugir à angústia de ver os espetáculos cancelados todas as vezes que chove, temos pensado em espaços cobertos que não apresentem esse problema, surgindo como únicas alternativas o Terminal Turístico do Perequê-Açú e a Praça BIP. O Terminal já conta com um pequeno teatro de arena mas fica fora de mão. A Praça BIP é cercada de residências que podem se sentir incomodadas com o som um pouco mais alto. Um lado já é fechado, dois outros lados poderiam ser fechados com toldos removíveis para abrigar do vento ou da chuva e para diminuir um pouco a irradiação do som para a vizinhança. São medidas paliativas mas que precisam ser pensadas para garantir alternativas de lazer aos moradores da cidade e também aos turistas. A fixação da quarta-feira seria uma maneira de acostumar a todos com um calendário fixo de eventos, que permita a todos a programação do seu lazer.

Hoje, todos os municípios que enfrentam problemas de violência, que atingem principalmente os jovens entre 14 e 25 anos, tem investido muito na criação de espaços para a prática de esportes, de lazer, de fruição e produção de arte.

Tenho encontrado muitos alunos que, ao terminarem o ensino médio, não conseguem continuar os estudos, não conseguem trabalho e renda própria e não tem o que fazer. Talvez isso explique um pouco o uso excessivo de drogas e bebidas e o alto índice de gravidez na adolescência.

Nesse final de semana o Sr. Prefeito abriu o curso de formação de multiplicadores da discussão do Plano Diretor como uma estratégia para atingir as exigências da lei – que seja democrático e participativo. É um bom momento para se ouvir a juventude para atender suas necessidades. É o momento para que se faça justiça garantindo a todos o uso da cidade e não apenas àqueles que podem comprar o seu espaço. Como diz a lei, o Plano Diretor tem que levar em consideração a função social da propriedade e do espaço urbano.


Nota do Editor: Rui Alves Grilo é professor em Ubatuba (SP).
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