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Opinião
22/10/2005 - 07h34
A arma nas mãos dos homens de bem
Charles Magno Medeiros
 

Mas Brutus é um homem honrado, repete várias vezes Marco Antônio na peça magistral de Shakespeare, ao fazer a louvação de Júlio César, que acabara de ser assinado - e Brutus estava entre os assassinos que esfaquearam o imperador.

Brutus, pela campanha do Não, contrária à proibição da venda de armas no País, seria o homem de bem que poderia andar armado numa boa. No caso do cidadão romano, com uma afiada adaga que penetrou por diversas vezes no corpo do César.

Iberê Camargo, um dos maiores gênios da pintura brasileira, também era homem de bem. Mas isso não o impediu de matar um vizinho numa briga de rua, por motivos banais.

Há poucos anos, um "cidadão de bem" que estava num apartamento da rua Frei Caneca (centro de São Paulo) achou-se no direito de fuzilar, do alto, uma adolescente que roubava um toca-fita de um carro - que nem era dele.

Em 1993, o ex-governador e ex-senador Ronaldo Cunha Lima, certamente um homem de bem, mandou bala no adversário Tarcísio Buriti. Trinta anos depois, outros dois homens de bem, Arnon de Mello e Silvestre Péricles, duelaram no Curral OK, perdão, no Senado. José Cairala, um apagado senador pelo Acre levou a pior e perder a vida por causa da má pontaria de Arnon (pai do nosso presidente Collor).

Os arquivos de jornais estão cheios de casos de "homens de bem" que, de posse de uma arma, mataram por motivos fúteis ou torpes, por amor, por vingança, por macheza.

Homem de bem também mata.


Nota do Editor: Charles Magno Medeiros é diretor da Lide Soluções Integradas de Comunicação.

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