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COLUNISTA
Nenê Velloso
23/10/2005 - 08h18
Resgate Ubatuba - 2/3
 
 

A praia do Itaguá, já foi obstruída pela marina do Iate Clube. E a próxima? Será a avenida Leovigildo Dias Vieira ou a Capitão Felipe? Ou as duas juntas? No primeiro mandato de Paulo Ramos, 1993 - 1996, ele obstruiu a artéria principal da cidade construindo este nojento calçadão, liquidando com o movimento comercial da rua, e provocando congestionando da zona central.

No aniversário da cidade, em 28 de outubro de 1995, portanto 58 anos depois das comemorações do terceiro centenário de Ubatuba. O prefeito Paulo Ramos brindou a cidade, o povo caiçara, os humilhados, torturados, exilados e os que tombaram na ânsia de resgatar a democracia após o golpe militar 31 de março de 1964, com este presente de grego. Para homenagear o farmacêutico Sr. Washington de Oliveira (Seu Filhinho) e os vereadores, fixou uma placa em metal barato e sem padronização no obelisco doado pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, e A Mocidade da Academia de Direito de São Paulo, pela passagem das comemorações do tricentenário de Ubatuba em 28 de outubro de 1937. Seu Filhinho, naquela época (1937) ocupava o cargo de INTENDENTE da prefeitura, e por este motivo e outros, não teve sua patente reconhecida, nem de seus vereadores, portanto não tiveram seus nomes gravados no bronze. E, o prefeito Paulo Ramos, agindo dessa maneira, maculou o obelisco, marco histórico da civilizada Ubatuba. E com este procedimento, praticou um ato blasfematório contra os princípios democráticos. E pela ironia do destino, espero que o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Turístico e Ambiental (COMDEPHATA), por ele criado, e agora através do seu Secretário Executivo, juntamente com seus 19 membros, pratique um ato cívico no próximo dia 28 de outubro de 2005, quando comemoramos 368 anos de fundação, retirando e destruindo esta placa. E, que o autor ou autores, sejam exemplarmente punidos no rigor da lei.

Em 2001, Paulo Ramos construiu uma ciclovia dividindo em duas partes uma área de lazer da orla. Onde as pessoas andavam descontraídas, hoje andam preocupadas. Recentemente foi sinalizada com faixa de pedestre, e em breve, teremos semáforo. Esse Paulo Ramos... é fogo na canjica preta! No final do seu mandato marcou território, colocando um cavalete em um afundamento do asfalto na faixa do pedestre, entre o BANESPA E O NOJENTO CALÇADÃO. A atual administração, vem mantendo o cavalete, que já foi pintado duas vezes com tinta amarela refletiva.

O afundamento agora já virou um buraco, que foi bem lembrado pelo radialista JB, da rádio Costa Azul, dizendo que este cavalete, já faz parte da paisagem. Isso... que é respeito. Quase um ano depois, em 09/09/05 o buraco foi tapado e retirado o cavalete, mas, o remendo continua inacabado, que já está se tornando marca registrada dessa administração. Mas o buraco teimoso vai voltar.

Note bem, coincidência ou não, todas as verbas foram anunciadas no mês de agosto. Mês de agosto, é o mês do desgosto, e também de cachorro louco, por via das dúvidas vamos ficar de olhos bem abertos, a verba é de: R$ 2.249.809,08. Conforme foi publicada no jornal A Cidade em 13/07/2005, que a Secretaria de Arquitetura e Urbanismo irá readequar o trânsito na rua Guarani, tendo em vista ser caótico em dias de festividades na Praça de Eventos.

Na minha opinião, com essas mudanças não vejo melhora na fluidez do trânsito, pelo contrario, vai piorar. As vagas reservadas para estacionamento em 45º foram demarcadas com 2,20 metros de largura, é insuficiente. Por exemplo: um carro Fiat Uno, ao estacionar, se as vagas dos lados já estiverem ou vierem a ser ocupadas, o motorista e seus ocupantes não entram e nem saem, a menos que sejam contorcionistas, ou se o carro for conversível.

E as Pick-ups e vans? A largura da vaga deverá ter 2,50 metros, sendo aceitável até 2,35 metros. Se a SAU estiver mesmo preocupada na desobstrução do trânsito é só interligar a rua Rui Barbosa / rua São José dos Campos, mesmo assim não vai resolver, somente amenizar, porque todas as saídas da cidade estão vergonhosamente obstruídas.

No final do governo de Basílio Cavalheiro, 1973 - 1976, teve início muito timidamente os primeiros hippies e suas banquetas com bijuterias, que usavam a quadra de esportes (na avenida Iperoig) esporadicamente. No governo seguinte, Dr. José Nélio de Carvalho, 1977-1982, dos 6 anos, governou 4 anos, pediu afastamento e assumiu o vice Benedito Rodrigues Pereira Filho, que ficou com a rebarba de 2 anos, de 1981 a 1982. Havendo um pequeno avanço dos hippies, mas não a ponto de por em risco a invasão definitiva da quadra de esportes.

Entra Pedro Paulo, 1983 - 1988, o fanático homem dos esportes, o número um do voleibol. Na quadra só dava ele... Era um fominha de bola, permanecia mais tempo dentro do clube do que o zelador o Sr. Porfírio. Foram publicadas duas matérias de sua autoria no semanário "O Atlântico", a primeira em 06/12/1964, em um comentário esportivo, intitulado "A grande Conquista"

A segunda, em 26 de janeiro de 1964, "Falando de Esporte", ele dizia: - "Já viveu melhores dias o esporte em Ubatuba. Infelizmente essa é a verdade. Ainda outro dia, recordava saudoso, com alguns amigos, as diversas atividade esportivas que evidenciavam a movimentação da nossa juventude, como torneios versando sobre diferentes modalidades, que sempre atraiam um público numeroso a quadra do Itaguá Praia Clube, hoje tida como impraticável, pelos mentores da ’Célula Mater’ do desporto ubatubense" sic. Falou do Grêmio Estudantil 28 de Abril, que dispunha de todas as modalidades para a defesa de suas cores. Falou também da prática do voleibol de praia no Perequê-Açú que ganhou vulto e conquistou vários aficionados; a A.L.A. que representava-se por uma equipe de vôlei feminino, arrebatando brilhantes triunfos; a ASDER por intermédio do seu departamento esportivo organizou representações de futebol de salão, basquete e vôlei. "Muito mais que isso pode ser feito; o esporte está carecendo da presença de maior positivismo por parte de seus mentores máximos. Devemos sempre nos lembrar que uma prática sem teoria constitui desorganização, e uma teoria sem prática, é algo inútil. A teoria deve ser coadjuvada à prática e não a ela mesma. A missão não deixa de constituir algum sacrifício, mas nem por isso deixa de ser uma missão" sic. Assim era o carismático Pedro Paulo.

18 anos depois em 1982, Pedro Paulo Teixeira Pinto se candidata a prefeito de Ubatuba que não poderia ter outro candidato mais qualificado para resgatar o artesanato, cultura, folclore e o centro esportivo que era o orgulho da cidade, e já se encontrava em decadência. ITAGUÁ PRAIA CLUBE, foi construído em 1957 pelo nosso maior empreendedor o Dr. Licurgo Barbosa Querido, e mais um salão de festas que funcionava onde hoje é ocupado pelo Tom Bar.

Todas as festas folclóricas, e outras comemorações eram realizadas ali. O centro esportivo era equipado com duas quadras de tênis, bocha, malha, uma quadra para futebol de salão, voleibol e basquetebol, era totalmente cercado por um alambrado em tela com 2,50 metros de altura oferecendo total segurança para os freqüentadores. O candidato professor Pedro Paulo, usou como slogan de campanha "Eu amo Ubatuba". Recebeu apoio total dos estudantes, principalmente do Ginásio Capitão Deolindo, e mais os eleitores de meia idade para baixo, que despejaram votos nele. Foi eleito, e tomou posse em 1º de janeiro de 1983, e beneficiado por um mandato tampão governou 6 anos. Durante este longo mandato, não teve tempo de resgatar a quadra de esportes que defendia com tanto enfatismo, construiu apenas um puxadinho com dois banheiros e um vestiário, e nada mais, que em pouco tempo foram destruídos pela força da maré. O alicerce ainda pode ser visto.

Aquele enfático colunista do semanário "O Atlântico", depois de eleito prefeito de Ubatuba, calou-se, perdeu a memória, em 6 anos de governo não teve tempo de reativar o clube que defendia com unhas e dentes. A frustração dos eleitores foi tamanha, que nunca mais conseguiu se eleger nem a vereador, caindo no anonimato total. E Ubatuba perdeu 6 anos preciosos.


Leia também:
Resgate Ubatuba - 1/3
Resgate Ubatuba - 3/3


Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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