Senhor Editor,

Graças a Deus o prefeito Eduardo César, através da sua Fundart, resgatou e deu o valor merecido para uma especialidade caiçara que estava se extinguindo. "Para se cortar sapé há de se ter maestria", dizia o poeta cujo nome não me vem à cabeça. Se alguém souber, por favor, envie-me um e-mail.

Prestação de serviços de corte de sapé (PA/041/05). Três dias de trabalho por R$ 1.512,00 (jornal A Cidade, página 11, 22-10-2005); totalizaria R$ 15.120,00 por um mês de serviço corrido. Valor digno para os caiçaras conhecedores de arte tão refinada.

Parabéns prefeito Eduardo César (o homem do resgate)! Parabéns Martiniano (presidente da Fundart e conhecedor profundo do sapé mineiro)! Parabéns Nei Martins (um lutador pelo resgate saperal)! Vocês deveriam substituir a cobertura daquele troço onde será feita a Feira das Nações. Cubram com sapé. Ainda dá tempo. Valorizem o caiçara.

Pensem numa forma de preservar o capim-gordura. As crianças de hoje não sabem como utilizá-lo "para fazer" som de pernilongo.

Atenciosamente,

Waldemar Campos
wcampos@dr.com