Referendo e resgate
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Para responder a pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?", 39.407 (77,83%) dos 50.630 eleitores de Ubatuba compareceram as 122 seções eleitorais distribuídas pelo município. Com uma abstenção de 11.223 (22,17%), dentro da média nacional, apenas 537 (1,36%) eleitores votaram em branco, 616 (1,56%) anularam seus votos, enquanto que 38.254 (97,07%) responderam a pergunta formulada. O resultado do Referendo 2005, em Ubatuba, foi: Não: 23.035 (60,22%) Sim: 15.219 (39,78%) Com 100% das urnas apuradas, em todo o território nacional, a proibição do comércio de armas de fogo e munição no Brasil foi rejeitada com 63,94% dos votos válidos. Como podemos ver, os eleitores de Ubatuba acompanharam os do Brasil. Não teço juízo de valor quanto ao resultado do referendo, mas afirmo que o prefeito e o vice-prefeito perderam uma grande oportunidade de ficarem calados quando patentearam suas opiniões pessoais e induziram a população a votar de acordo com suas vontades em manifesto divulgado. Nossos administradores, utilizando-se de expediente impróprio, obtiveram a resposta que mereciam ao insistirem em andar na contramão da história. Espero que o resultado do referendo em Ubatuba lhes sirva de lição na melhora das respostas aos anseios da população. A vitória do "Não" é a demonstração de que a população é consciente e não se sujeita facilmente a manipulações. Eduardo César e Domingos dos Santos demonstraram que ainda têm muito o que aprender na arte de "administrar e fazer política". O problema é que uma população carente como a nossa terá que se dispor a servir de balão de ensaio aos novos "testes" que, fatalmente, irão fazer. Nada desculpa o desmazelo para com o centro da cidade. A evidente falta de manutenção (foto acima) em locais de interesse turístico faz com que tenhamos dúvidas quanto às metas pretendidas. Brevemente o orçamento para 2006 será discutido na Câmara Municipal de Ubatuba. Investir na cultura seria uma atitude efetiva no combate a violência. Com o quinhão destinado à cultura, por Eduardo César, saberemos realmente a que veio a "administração do resgate". Postergar investimentos na cultura será a retirada da máscara que seus detratores insistem em afirmar que ele continua usando.
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