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Crônicas
01/11/2005 - 10h13
James perdeu o Bond da história
Sérgio Luís Domingues
 

Quando o agente secreto mais famoso do cinema, James Bond, iniciou suas atividades nas telas em 1962, seu jeito de ser e os inimigos contra os quais lutava estavam atualíssimos. Mas agora, em pleno século 21, não dá mais para falar em licença para matar, guerra fria ou ameaça terrorista, uma vez que todos esses bons argumentos cinematográficos há muito já tomaram de assalto nossa triste realidade.

O charmoso e sempre elegante 007 executa com perfeição, a bordo de carrões, as mais arriscadas e emocionantes missões a serviço de sua majestade britânica, que além de render-lhe muita descarga de adrenalina, sempre povoam sua cama de lindas mulheres das mais variadas etnias.

O problema é que Bond é um cínico e insensível, e o que já foi um excelente atributo de sedução nos anos 60 e 70, atualmente, com a crescente tomada de consciência das mulheres em busca de respeito e consideração por parte dos homens, o velho agente terá que, ao menos, "fingir" interesse um pouco maior por suas parceiras de alcova.

Como diz uma amiga, "quero ao menos receber uma mensagem carinhosa no celular no dia seguinte". Bond, nem se quisesse, teria tempo de satisfazer a essa exigência de mercado da nova mulher que continua curtindo sim um belo cínico abusado, mas somente ao apagar das luzes e entre quatro paredes.

Com relação à licença para matar, conferida pelo duplo zero que traz em sua identificação como agente secreto da MI6, 007 tem concorrentes de peso, que o diga a família do brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado cruelmente no metrô de Londres por agentes britânicos nada secretos.

Já as guerras ao redor do mundo nunca estiveram tão quentes, o argumento sobre a guerra fria que já havia sido abandonado em alguns filmes, agora tem de ser sepultado, bem como a ameaça terrorista internacional. Após o 11 de setembro de 2001, o terrorismo é uma realidade e não mais uma mera ameaça.

Desta forma, o poliglota, exímio amante, atirador, piloto, esquiador, jogador de pôquer, golfe, lutador de boxe, judô além de ótimo esgrimista, está às voltas com um arsenal de argumentos e artimanhas envelhecidos, iguais ao primeiro dos seis atores que já o interpretou no cinema, o escocês Sean Conery.

Portanto, ao ser anunciada a escolha do ator inglês de 37 anos, Daniel Craig, para suceder ao irlandês, Pierce Brosnan, para estrelar a próxima aventura de 007, Cassino Royale, com estréia marcada para o final de 2006, devemos ver em cena um personagem, que apesar da nova roupagem, parecerá estar com dois zeros à esquerda.


Nota do Editor: Sérgio Luís Domingues é jornalista, consultor de marketing e comunicação e professor de marketing.

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