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Opinião
02/11/2005 - 13h55
Sensatez F.C. 4 X União dos Estultos F.C. 0
Mario Guerreiro - Parlata
 

Meus amigos, foi uma vitória espetacular da Sensatez na cancha do Referendo. Uma senhora lavagem de um time que muitos consideravam derrotado, mesmo antes de calçar suas chuteiras imortais e pisar resolutamente o gramado.

A Sensatez ganhou de lavagem da União dos Estultos. Uma vitória para general Wellington nenhum botar defeito. É pra comemorar com muitos fogos, busca-pés, rojões e banda de música tocando com o fervor dionisíaco de Pavarotti cantando La Donna è Mobile no quinto ato do Rigoletto.

Sim, meus amigos, uma vitória memorável e acachapante, com muitos gols de placa. O ataque da Sensatez estava num dia inspiradíssimo, destes que só acontecem uma vez por século com Shakespeare apaixonado.

Aqueles que andavam dizendo por aí que o povo não sabe fazer gol têm que botar sua viola no saco, pois o povo mostrou que sabe. Fez até gol olímpico, para a satisfação de Zeus e dos deuses do Olimpo!

E não adiantou nada contratar aquele bando de artistas globais e aquela patota de pacifeiros bobocas, pra fazer uma torcida organizada contra a Sensatez. Ela estava simplesmente arrasadora, como um trator passando por cima do adversário no gramado imortal do Referendo.

Sim, meus amigos, de todos os grotões deste Brasilzão foi lançado um brado colossal, um NÃO com um o mais redondo do que bola de sinuca.

Jovens e velhos, ricos e pobres, lépidos e trôpegos e até gente em cadeira de rodas, todos atenderam ao chamado democrático e pressionaram com uma força de leão da Metro aquela teclinha do 1 e depois pressionaram a tecla do CONFIRMA com uma determinação de Pedro I com seu brado varonil, brandindo sua gloriosa espada às margens plácidas do Ypiranga.

Sem medo de ser feliz! Como Garrincha fazendo um verdadeiro carnaval na defesa daqueles armários russos, naquele gloriosa e inolvidável vitória da Seleção na álgida Suécia.

O Pelé, o dionisíaco Pelé, que me desculpe: o povo brasileiro mostrou que não sabia votar quando votou num sapo barbudo pra Presidente. Não sabia, mas aprendeu rápido, mais rápido do que o gatilho de Tom Mix e de Hopalong Cassidy.

Não votou somente contra a proibição, mas principalmente contra o governo que era a favor da proibição, com alguns de seus ministros justificando pifiamente seu voto. Eles não estão nas mesmas condições que o povão. Eles têm seus guarda-costas e carros blindados.

Por isso mesmo, as autoridades de Brasília - a Ilha da Fantasia - estão pouco se lixando para o maior problema de todos os problemas brasileiros: a insegurança pública generalizada. Deviam passar um fim-de-semana no Morro do Pavão ou do Pavãozinho, só para ver o que é bom pra tosse!

O NÃO da maioria avassaladora foi um recado claro para o governo: em vez de desarmar cidadãos honestos, desarmem os bandidos! Combatam o contrabando de armas! Tornem a polícia eficiente, com uma estratégia bem elaborada para a prevenção e repressão do crime, como fez Giuliani prefeito de Nova Iorque com seu vitorioso plano Broken Window.

Uma vitória espetacular do povo contra o Lula e os planos maquiavélicos do PT para um possível pós-desarmamento, que felizmente ficará para sempre naquele mundo do que poderia ter sido.

Os Sem-Terra já estavam babando de prazer, pensando nas invasões que fariam às terras dos fazendeiros desarmados, mas agora podem ir tirando seus cavalinhos da chuva. Se invadirem, correm o sério risco de levar chumbo grosso em legítima defesa de si próprio e da própria propriedade: dois dos direitos naturais inalienáveis!

É um fato espantoso, difícil mesmo de se acreditar, mas ainda existe propriedade privada neste Brasil contaminado gravemente por idéias de extrema esquerda, mas não narcotizado e pronto para aceitar qualquer proposta indecente como a de depor as armas ou abrir mão de seu direito de usá-las quando necessário.


Nota do Editor: Mario Guerreiro é Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade. Autor de obras como Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000). Liberdade ou Igualdade (Porto Alegre, EDIOUCRS, 2002).

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