Todo cuidado é pouco com manchas e pintas pelo corpo. Alterações drásticas (de cor, formato ou tamanho) podem ser sintomáticas de problemas mais sérios, incluindo alguns tipos de câncer de pele. O alerta feito por dermatologistas nem sempre é seguido, em parte porque identificar mudanças significativas não é tarefa fácil. Para isso existe a dermatoscopia, exame que permite traçar o diagnóstico precoce de melanomas ou lesões pigmentadas que podem evoluir para um câncer de pele. Ótica ou digital, a dermatoscopia pode ser, no caso da primeira, uma lente que amplia a região examinada em até 70 vezes, permitindo um diagnóstico preciso das lesões pigmentadas. A digital, com 97% de precisão, é realizada por meio de uma câmera digital acoplada a um computador. Um programa instalado na própria câmera organiza as imagens, que também são ampliadas. Dessa forma, o médico consegue interpretar cada sinal na pele e pode até fazer um acompanhamento periódico de pintas e manchas de pele, a fim de detectar alterações malignas. O dermatologista Mário Grinblat, do Hospital Albert Einstein, avisa que quanto antes for detectado um melanoma, maior é a chance de prevenir que a doença se espalhe. "O diagnóstico precoce evita a remoção de pintas sadias e indica quais lesões apresentam riscos à saúde e devem ser retiradas", diz o médico. Mas a dermatoscopia não elimina a necessidade do auto-exame de melanoma, que deve ser realizado freqüentemente. São quatro os sinais que merecem atenção: assimetria, borda irregular, cor variada e diâmetro superior a 6mm. Os principais cuidados devem ser tomados com lesões que mudam de cor, formato ou tamanho. "Se coçarem ou sangrarem, o caso pode ser ainda mais complicado e a consulta ao dermatologista adquire caráter emergencial", completa Grinblat.
|