Vivemos um momento de grande apreensão em nossa sociedade devido as grandes transformações que ocorreram nas últimas décadas nos mais variados setores e, devido aos acontecimentos que vem ocorrendo no mundo nos últimos tempos. Acontecimentos esses políticos, religiosos e, inclusive, fenômenos naturais.

Estaríamos nós vivendo em um tempo de perplexidade? Não, infelizmente. Estamos vivendo em um soturno nascimento de uma era de banalidades. Nada mais traz a retina humana a dita perplexidade. Nos últimos tempos, no caso da sociedade brasileira, tem-se visto no lugar desta, uma clara imagem de reris estalos de indignação adolescente em um misto de fúria com palavras de ordem decoradas. Todavia, ação construtiva que é bom, nada.

Basta ouvir-se falar sobre determinados acontecimentos que, em um rompante, o indivíduo dá uma resposta apreendida de maneira mágica, quase que em uma reminiscência vulgar. Entretanto, em momento algum lhe ocorre refletir mais sobre o assunto ou mesmo cogita-se levar em consideração questões que seus "adversários" lhe apresentam pelo simples fato de terem vindas de seus adversários e, obviamente, pelo gritante fato de que para tal empreitada é-se necessário parar para dedicar-se a leituras comparativas e especulativas. E, esse "dever de casa", cívico, não é nada fácil e muito menos grato.

Aí o que temos? Indignação daqui, uma manifestação de lá, uma marcha acolá e por aí vai seguindo a brasilidade, que está prenhe de uma nova sociedade segundo o gritedo revolto. Mas, prenhe de que? Que tipo de sociedade nascerá deste momento que estamos vivendo? Que cria nascerá desta cruza? Ao meu ver, o bicho é feio... e o pior que o pai e a mãe somos nós e ninguém está querendo assumir a responsabilidade.