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Opinião
08/11/2005 - 06h12
Oui, nós temos desigualdade social
Teresa Abreu
 

Como você tem acompanhado pela televisão aí no Brasil, há uma semana os subúrbios de Paris estão em chamas. O motivo? A mesma desigualdade social que flagela nossos centros urbanos. A diferença é que no Brasil, ou ao menos no Rio, não existe mais distinção entre bairro abastado e periferia porque as favelas estão em toda parte e as classes sociais se misturam nas ruas.

Em Paris os pobres moram longe.

A origem, porém, é a mesma. Remonta ao modelo europeu de colonização, de exploração dos países africanos. Condensando o tempo: ao fim do período colonial, esses países foram abandonados à própria sorte, e a Europa, também flagelada pela segunda Guerra Mundial, precisava cuidar de si.

Aqui, a história do velho continente e a do Brasil se bifurcam, pois, nos "anos dourados" da economia mundial, que vai do fim da segunda guerra até as crises do petróleo, na década de 1970, a Europa proporcionou aos seus habitantes o chamado "Estado de bem-estar social", investindo forte na educação e criando, com isso, uma vasta classe média.

Com a elevação do nível de escolaridade, começou a faltar mão-de-obra desqualificada e os imigrantes começaram a chegar. Os africanos, tanto os do Magreb como os do sul do Saara, foram muito bem vindos e logo passaram a desfrutar os direitos à educação, à saúde e a todas as benesses sociais oferecidas pelas políticas públicas. E foram instalados na periferia, o que não pareceu anormal aos olhos de ninguém.

Os ventos da economia mundial mudaram de direção e a globalização atingiu em cheio os países com altos encargos sociais. Com o desemprego batendo à porta, os franceses começaram a exigir para si as vagas que eram compartilhadas com os filhos dos primeiros imigrantes, nascidos na França, portanto, franceses, e que receberam a mesma educação. Belo barril de pólvora.

O resto da história você já sabe.

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