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Medicina e Saúde
09/11/2005 - 14h50
Barulho nas escolas afeta audição e produtividade
Adriana Azevedo
 

As escolas, que deveriam ser um lugar tranqüilo para a concentração dos alunos, têm preocupado educadores e especialistas devido aos altos índices de ruídos nelas encontrados.

Recente pesquisa feita pela Secretaria Municipal da Saúde em escolas da rede pública de São Paulo, sob a supervisão da fonoaudióloga Claudia Taccolini Manzoni, registrou índices surpreendentes de ruídos excessivos, comparados aos níveis recomendados pela OMS - Organização Mundial de Saúde para uma sala de aula (que é de 35 a 45 decibéis): a diferença é mais do que o dobro - de 78 a 92 decibéis. Durante os intervalos das aulas o barulho é tanto que chega aos 110 decibéis, índice que, após meia hora de exposição, começa a oferecer riscos à saúde.

O que mais preocupa especialistas, pais e educadores é que, além dos conhecidos riscos à audição e ao bem-estar, o ruído excessivo pode provocar vertigens, insônia, alterar o ritmo cardíaco e reduzir a produtividade física e mental. Em outras palavras: estudar depois desse tipo de exposição é mais difícil do que se imagina. A falta de atenção da classe pode, nesses casos, não ser devida ao mau comportamento dos alunos mas sim uma questão física mesmo.

De acordo com a OMS, um nível aceitável de ruído não deve ultrapassar 55 decibéis, pois a partir daí o corpo já começa a reclamar. Para se ter uma idéia do problema do barulho nas escolas, nem mesmo a sala dos professores escapa, pois no estudo da Secretaria da Saúde a média do barulho nesses locais ficou em 90 decibéis, o equivalente ao ruído de uma moto no trânsito.

Isso acontece porque, além de concentrarem seus esforços no aperfeiçoamento da didática e na modernização dos equipamentos de informática, os administradores escolares ainda encaram os pisos e revestimentos "frios" como a solução mais adequada, o que contrasta com os colégios e universidades de países como os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Suécia e Dinamarca, entre outros, onde o tratamento acústico é considerado prioritário, cuidando-se de revestir tetos, paredes e pisos com materiais que impeçam a propagação do som.

Na área específica de pisos, alguns números são suficientes para demonstrar como ainda estamos longe de encarar o problema.

Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 90% dos colégios e universidades têm piso de carpete, quase sempre modular, em placas, sendo mais de 40% fornecidos pela Interface. E números próximos a esses são encontrados nos países europeus, sendo que mesmo países latino-americanos como o México, o Chile e a Colômbia têm priorizado a absorção de ruídos em salas de aula.

Buscar as causas da ausência de tratamento acústico nos colégios e universidades do Brasil é dar um mergulho no passado, no tempo em que carpetes e revestimentos de paredes não podiam ser de tecidos, pois isso equivalia ao risco de propagação do fogo, optando-se quase sempre pela colocação de tacos e dos chamados pisos frios, de lajota, cerâmica e similares. Mas, hoje, carpetes e revestimentos de paredes são produzidos com fios sintéticos com tratamento antifogo, o que dá total segurança nesse aspecto, ao mesmo tempo em que tiveram aperfeiçoadas suas especificações anti-ruídos, antialérgicas e antiestáticas, além de poderem ser limpos com aspiração e uso de detergentes e abrasivos, sem prejuízo para sua aparência.

Some-se a isso, no caso de carpetes modulares, a facilidade e a economia que é poder trocar uma ou algumas placas de salas de aula e auditórios, sem afetar as características ou os desenhos originais de todo o piso.

Está na hora de educadores e administradores escolares reverem antigos conceitos relativos a pisos e revestimentos, em favor de maior conforto acústico e de ambientes mais saudáveis e mais propícios à concentração nos estudos. Será nossa admissão à modernidade educacional.

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