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Crônicas
16/11/2005 - 08h18
A coisa pública
João Soares Neto - Agência Carta Maior
 

Todos sabem: o dia 15 de novembro foi a data da comemoração da Proclamação da República. Feriado nacional. O "brasileiro é um feriado", já dizia Nelson Rodrigues. Dia de empresas paralisadas, repartições fechadas, cerveja, livros/jornais abertos, sol e papo furado. Poderia ser também o dia em que cada um analisasse a sua relação com a República, o Estado organizado, a coisa pública, que deveria ser comum a todos nós, mas parece ser mais de alguns do que de todos.

Quando o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República, em 15 de novembro de 1889, havia um clamor nacional, uma vontade imensa de mudar os destinos do Brasil, este país imenso, rico e poderoso, que se confunde com uma seleção de futebol. Não é brincadeira. Se alguém fizer uma pesquisa e perguntar: o que significa Brasil? Muitos, muitos mesmo, responderão que é a seleção canarinha, o time dos ronaldinhos e do Parreira. É pena.

Poucos, pouquíssimos, saberão que Brasil deveria significar uma Nação organizada, um conjunto de valores e de ordem para servir à sociedade. E por que isso não acontece? Pela nossa descrença, desinformação e a presumida incapacidade de mudar as coisas que aí estão, como se tudo fosse fatalidade. Não é.

É preciso acabar com a fábula: "o Brasil não tem mais jeito, todos são iguais e fazem do mesmo jeito." Só fazem do mesmo jeito porque ainda não desenvolvemos a nossa cidadania, não admitimos que nós é que transferimos a alguém a capacidade de cuidar dos nossos desejos, anseios, a responsabilidade de agir e decidir. É pelo voto, um a um. Só isso. Não cobramos e não damos o troco na hora certa. Apenas isso, nada mais.

Relembro a todos: nós é que damos o poder a alguém. Ao comparar, escolher, votar e eleger, estamos dizendo a essa pessoa que ela tem o nosso aval, autoridade, capacidade e poder para agir. Ora, se a pessoa não age bem, se não faz ou fez aquilo que desejávamos, será breve o tempo de mudar. Para isso é que existem eleições. Isso vale para o condomínio, o clube, a escola, a associação de classe, a cidade, o estado e o país. Ninguém é inamovível, especialmente se trata a coisa pública como se fosse um bem particular de que pode se apropriar e não tem o cuidado de escolher certo quem o acompanha. É simples, bem mais simples do que se pensa.

Não são a pompa e a posição que fazem uma pessoa ser importante, são os cuidados com o que faz, o modo como trata o que é coletivo e a sua responsabilidade social. Responsabilidade social não é um modismo, é a consciência amplificada e tornada prática, coerente no dizer, no sentir, viver e fazer. Façamos.

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