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Opinião
20/11/2005 - 07h09
Globalização na mídia
Mariana Czekalski
 

O termo globalização deixou de ser usado apenas por economistas e profissionais de áreas afins. A palavra se popularizou e é freqüente na mídia, especialmente nos jornais, revistas e emissoras de televisão. Os brasileiros já se familiarizaram com o conceito, porém a maioria ainda não associa o fenômeno à sua principal característica: a globalização torna os países ricos cada vez mais ricos e nações pobres se transformam em miseráveis.

A sociedade de modo geral desconhece também que a globalização, crescente interdependência entre governos, empresas e movimentos sociais, é um fenômeno não tão recente como se imagina. Segundo os historiadores, quando Cristóvão Colombo chegou à América, em 1492, começou a "primeira globalização". O mercantilismo estimulou a procura por diferentes rotas comerciais da Europa para explorar as riquezas naturais da África, Ásia e principalmente América.

Passados 6 séculos a história não mudou muito. Os países desenvolvidos ditam as regras do comércio mundial e medidas protecionistas, enquanto os países em desenvolvimento lutam para ganhar espaço com a exportação dos produtos agrícolas e matérias-primas para manter a balança comercial favorável.

Portanto, a globalização está decepcionando os seus defensores. As reformas liberalizantes com a abertura de mercado, a desregulamentação das economias, as privatizações e a redução dos direitos trabalhistas não trazem progresso, não geram mais emprego e nem melhoram a distribuição de renda. De acordo com o Banco Mundial, no continente africano a pobreza dobrou nos últimos dez anos e na Europa Oriental, o número de pessoas na miséria atingiu 6% da população em 2000, antes o percentual era zero.

Infelizmente, o advento global criou expectativas que fracassaram. Imaginávamos um mundo integrado e sem fronteiras, com livre trânsito de pessoas e produtos entre os países. Acreditamos que as novas tecnologias e métodos gerenciais promoveriam o aumento da produtividade, o bem-estar dos indivíduos e a igualdade entre os povos.

Depois de dois anos de estudo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão da ONU, anunciou em janeiro de 2004, os resultados dos efeitos sociais da globalização. As conclusões são alarmantes porque consideram o fenômeno sem ética e insustentável. Um exemplo disso é que durante o período de maior intensidade global, entre 1990 e 2003, a economia mundial cresceu a taxas menores que nas décadas anteriores, e o desemprego atingiu níveis recordes, ou seja, são 185 milhões de pessoas sem trabalho, perspectiva e dignidade.


Nota do Editor: Mariana Czekalski é jornalista.

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