Estudo revela que densitometria óssea deve ser feita todos os anos para quem passou dos 65
Mulheres em fase pós-menopausa, por volta dos 65 anos, ou que apresentam perda óssea, devem ser submetidas anualmente a um exame de densitometria. O diagnóstico preventivo, além de reduzir drasticamente os custos do tratamento, garante melhor qualidade de vida às pacientes. De acordo com o doutor John T. Schousboe, de Mineápolis (EUA), em recente entrevista ao jornal da Sociedade Americana de Geriatria, mesmo as pacientes mais velhas entre as idosas deverão ser beneficiadas com a medida, já que as conseqüências de uma fratura podem resultar em tratamentos dispendiosos, internações e cirurgias para implante de próteses que poderiam ser evitadas. "A aderência a essa rotina anual depende muito do nível de confiança que o paciente deposita em seu médico e da quantidade de informação que ele tem sobre osteoporose e sobre o quanto uma fratura na terceira idade poderá ser um fator altamente limitante às suas atividades, além de representar mais despesas com medicamentos", diz a doutora Maria Cecília Anauate, reumatologista do Hospital Santa Paula, de São Paulo. De acordo com a reumatologista, para a maioria das pessoas, a perda óssea é gradual e não apresenta sinais até que a doença já esteja em estado avançado. "Ao contrário da concepção que prega ser uma doença da terceira idade, a osteoporose pode atingir mulheres jovens, a partir dos 35 anos." Aos quinze anos, as meninas já adquiriram cerca de 90% do seu pico de massa óssea, completando-o até os trinta anos. A partir dos 35 anos, a mulher começa a perder massa óssea. A partir dos 45 anos, a perda é ainda mais acentuada. "Se a mulher passar pela menopausa antes dos 45 anos, suas chances de desenvolver osteoporose aumentam. Algumas perdem de 10 a 15% de sua massa óssea nos primeiros oito anos após a menopausa", afirma Anauate. Os fatores de risco mais relevantes para determinar o surgimento da doença são hereditariedade, raça, sexo e idade. "Fumo, álcool, café, sedentarismo, estresse e baixa ingestão de cálcio na alimentação também são determinantes para a precocidade da doença", explica a reumatologista. De acordo com a doutora Cristina Longo, radiologista da URP Diagnósticos Médicos, "a densitometria óssea mede a densidade mineral óssea absoluta - em geral, da coluna lombar e do fêmur - comparando esses valores com dados populacionais de um grupo de adultos jovens - entre 20 e 45 anos - e com outro grupo da mesma idade, sexo e etnia. São as diferenças constatadas que vão fornecer o status ósseo da paciente (normal, osteopenia ou osteoporose) e determinar os riscos de fratura e tratamentos necessários".
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