O médico dermatologista pode ser o primeiro a suspeitar que o paciente seja portador do vírus HIV/AIDS. Existem manifestações cutâneas ou nas mucosas (cavidade oral) características da doença. O especialista é responsável, também, em atenuar, com tratamentos específicos, sinais da infecção pelo corpo. De acordo com a dermatologista Luna Azulay, a dermatite seborreica (espécie de vermelhidão e descamação no rosto), o prurigo (se confunde com uma alergia a picada de inseto) e a candidíase (vaginal ou oral - vulgo sapinho) são exemplos de doenças que aparecem constantemente nos soropositivos e podem levar a um pré-diagnótico. "O famoso Sarcoma de Kaposi (herpes intratável - primeiro tumor cutâneo correlacionado com a infecção pelo HIV) e o vírus conhecido como molusco contagioso, que afeta o rosto, também são sinais", afirma a especialista, acrescentando que um paciente que apresente esses sintomas não é, necessariamente, um portador. O dermatologista além de indicar ao paciente um teste anti-HIV, também, ajuda o paciente já diagnosticado a atenuar as principais conseqüências da doença. Por exemplo, ao longo da infecção pelo HIV, independente do tratamento, é comum a alteração da secreção das glândulas sebáceas, gerando um aumento progressivo do ressecamento da pele. O especialista receitará medicamentos e dará dicas que diminuam essa conseqüência, como evitar o uso excessivo de sabonete e dar preferência àqueles à base de glicerina. "Sem contar a atrofia da face (aspecto de rosto "chupado"), que pode ser revertida com preenchimentos estéticos feitos pelo dermatologista", explica Luna Azulay, que é membro do Centro Dermatológico Professor Azulay e responsável pela resposta dos pareceres (interconsultas) na Santa Casa de Misericórdia.
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