Em todo o mundo busca-se minimizar a emissão de CO2 na atmosfera, com a finalidade de reduzir paulatinamente o efeito estufa, que gera o aquecimento global, o degelo dos pólos, os tufões, furacões, enchentes, secas e outros desarranjos climáticos. Nesse diapasão o uso de combustíveis não poluentes tem sido estimulado, tanto quanto a utilização de meios de locomoção compatíveis com as políticas ambientais, como a introdução do carro a álcool, elétrico e a dinamização do uso da bicicleta, mediante facilidades como as ciclovias, tão necessárias nas cidades onde a maioria da população se locomove sobre duas rodas. Assim, foi com satisfação que finalmente assistimos a disposição do governo municipal em implantar estas vias na área central da cidade de Ubatuba. Aplaudimos essa iniciativa. Mas, em contradição a todos esses fatos, testemunhamos hoje (10/12/2005), ao meio dia, uma manifestação contra a implantação das ciclovias, promovida por comerciantes no cruzamento da Av. Rio Grande do Sul com a rua Thomaz Galhardo, aparentemente liderada por um forte revendedor de bicicletas. Confessamos que ficamos surpresos. Há no caso um contra-senso. A política urbana moderna deve priorizar as formas de locomoção coletivas e não poluentes. O uso do biciclo deve ser instigado, inclusive com o aumento expressivo das ciclovias, e os fabricantes, vendedores, revendedores e mantenedores de bicicletas deveriam ser os primeiros a festejar e louvar a medida, ao invés de protestar contra essa política viária. Thomas De Carle e Harumi Honda
Nota do Editor: O Guaruçá esclarece que os comerciantes presentes na manifestação, não são contra a implantação de ciclovias como aventado no e-mail acima, mas sim contra a forma (sem a audiência pública prometida para coleta de sugestões e no momento - início da temporada de verão) com que estão sendo implantadas as ciclofaixas nas ruas Prof. Thomaz Galhardo e Conceição. Não houve protestos contra uma política viária.
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