Muitos avanços e descobertas das ciências proporcionaram um aumento não só da longevidade, como na qualidade de vida da raça humana. Um dos principais inventos foi a refrigeração. Atualizados em uso doméstico, o freezer e o refrigerador são equipamentos utilíssimos no acondicionamento, proporcionando um período mais longo de estocagem e, de durabilidade dos alimentos para o consumo. Assim, congelar, passou a ser sinônimo de duração, de deixar como está, para uso futuro. Esta palavra, acabou também passando para o jargão sócio-político-ambiental-preservacionista-de-araque para referir-se a ocupações humanas em áreas tidas como de preservação. Congelar, supõe-se moléculas intactas, com populações inertes, sem o que, o que se congela, segura e, cientificamente, irá se deteriorar. Assim, congelar uma área de invasão, sem que se apresente solução imediata para o crescimento vegetativo da população da área "congelada", é "tapar o sol com a peneira" (imaginem, o que a ciência tem a dizer sobre "tapar o sol com a peneira"). O que se oferece à população "congelada". Pílulas? Camisinhas? DIU? Barbantes? Tabelinhas? Nó nas trompas? Qual alternativa? O crescimento desta população "congelada" irá obedecer a qual norma? Depois, de tantos nascimentos, a família moradora desta, deverá procurar outra área, ainda não congelada, para invadir e, mudar-se? Ora, está mais do que na hora da proteção ambiental irmanar-se com a realidade da necessidade de espaços para atender o crescimento das populações (crescimento vegetativo e migratório) (respeitado o direito de ir e vir) . Enfrentar este problema, de frente. Sem medidas paliativas, protelatórias ou poéticas. Não há como, preservar, restringir ou congelar áreas, sem que se controle o crescimento de suas populações. Ao contrário, quando se propicia e, incentiva o crescimento desordenado de populações, promovendo a sua procriação "laboratorial", protegendo-as irracionalmente (sem conhecer e ter comprovação certifica de qual é o número de indivíduos para que se considere equilibrado seu índice populacional) até mesmo dos predadores naturais, é igualmente insano. Respeitadas as "propostas" de congelamento de uns e, incentivo a procriação de outros, o homem morrerá de fome, no relento, contemplando o palmito a beira de um mar de tartarugas.
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