Família reunida, mesa farta e muitos presentes, este é o sonho de milhões de pessoas para a festa da noite de Natal. Há os que, embora possam fazê-lo, dispensam essa forma de comemoração. Existem, ainda, aqueles que, embora desejassem, não participam pelas mais variadas circunstâncias. Em qualquer das três alternativas é possível um Natal Feliz, desde que se tenha a convicção das reais, e sublimes, motivações que a data representa. Felicidade é estado de espírito. A história, e a trajetória triunfal, do anfitrião natalino – Jesus Cristo – nos legou o poder supremo da espiritualidade – “a dimensão mais nobre do ser humano, que o move à transcendência”. Ela pode ser manifestada através de ações práticas dos dois mandamentos mais importantes: amar a Deus sobre todos as coisas e, semelhante a este, amar o próximo como a si mesmo. Esse grau de importância foi expresso pelo próprio Cristo, quando questionado a respeito. Na evolução espiritual encontra-se o segredo que harmoniza as necessidades humanas: saúde (física e mental), convivência familiar, relacionamento social, exercício profissional e condições financeiras. O equilíbrio entre esses fatores é decisivo para o nosso bem estar. Devemos nos conscientizar que o responsável pela maior festa da cristandade, também sonhou, quando de sua passagem pela terra. Sonhou com um mundo de fartura para todos, tendo nos deixado a flora, a fauna e os recursos do solo e do subsolo. Sonhou, e pregou, a paz entre todos os povos do planeta azul. Sonhou com uma sociedade mais igualitária economicamente e mais justa socialmente. Sonhou com a inexistência da discriminação, do preconceito e de qualquer tipo de exclusão social. Sonhou com a prática da fé, da esperança e da caridade – as três virtudes teologais – que poderão ser compreendidas pela leitura, e reflexão, dos textos bíblicos. O Natal é uma oportunidade (a mais), que temos anualmente, para fazermos um balanço da nossa vida espiritual, e para erradicarmos as “ervas daninhas” que insistimos em cultivamos em nossa mente – os nossos sentimentos negativos. Podemos agregar valores se entendermos, definitivamente, que é dividindo que se soma. Os fundamentos do cristianismo não servem apenas para cada um de nós, mas podem ser aplicados em qualquer atividade humana, inclusive, na gestão empresarial. Visão, missão, princípios, normas de procedimentos e metas, elementos que ganharam status organizacional no século XX, constam nas Escrituras da forma explícita. Entre as referências bíblicas encontra-se a construção da Arca de Noé (Gênesis 6: 14 e 16) cujas especificações detalhadas nos fazem lembrar da ISO (International Organization Standardization). Norma técnica internacional de certificação de qualidade assegurada. A ISO pode ser entendida como – escreva o que, e como você faz, e faça como você escreveu. Célebre, também, é a exemplar lição de planejamento estratégico revelada por José do Egito, administrador admirável, (Gênesis 41: 37 a 45) podendo ser comparado com o CEO (Chief Executive Officer) - Presidente Executivo de hoje. Ele soube, com extrema competência, administrar os sete anos de fartura e os sete anos de escassez. As vagarosas e silenciosas passadas de Moisés pelo deserto, na caminhada à Terra Prometida, o colocaram na galeria de protagonistas históricos, pelos valores que ele agregou à gestão de recursos humanos. Ele pode ser considerado o pai da descentralização do poder e da gestão participativa (Êxodo 18: 13 a 26). Daniel, nomeado pelo Rei Nabucodonosor, governador de toda a província, administrou a então poderosa Babilônia, com a ajuda de seus três amigos: Sidrac, Misac e Abdénago. (Dan.2: 48 e 49) Ler, refletir e vivenciar os ensinamentos contidos na Bíblia são as pegadas que Jesus deixou para os cristãos conquistarem qualidade de vida, felicidade e a salvação eterna. Nota do Editor: Faustino Vicente é consultor de empresas e de órgãos públicos.
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