Notícias de furtos na "Folha de pagamento da Prefeitura" são sempre ruins, desprestigiam o município, as administrações e fazem sofrer e ficar indignados, sem exceção, todos os cidadãos. Penaliza também, de modo especial, aqueles que têm, por ofício, a responsabilidade dos Recursos Humanos e da Seção de Pessoal. Estes acabam sendo marcados por delitos que não cometeram, mesmo que tenham descoberto os implicados e solicitado providências a quem de direito. Lendo, atentamente, os relatórios apresentados, na imprensa, sobre o último acontecimento desse tipo, verificamos que, o denunciado, tinha portaria de cargo em comissão de: "Encarregado do Setor de Serviços de Licitação". Nada a ver com Recursos Humanos ou Folha de Pagamento. Está evidente que operava a Folha de Pagamento em DESVIO DE FUNÇÃO. Constatado o fato cabe perguntar: Qual o motivo de estar lá? Quem autorizou, o DESVIO DE FUNÇÃO, e lhe concedeu senha exclusiva para entrar e manipular a Folha de Pagamento? Quem autorizou, o DESVIO DE FUNÇÃO, vai ser responsabilizado e demitido ou processado junto com ele? Não parece claro que, quem autorizou, o DESVIO DE FUNÇÃO, cometeu fraude administrativa? Quantas fraudes como essa, eventualmente descoberta e vindo a público, existem na atual administração municipal? Essas e outras questões deverão ser respondidas, pelo Sr. Prefeito, com providências saneadoras. A descoberta no final do ano e os processos de reforma administrativa em andamento podem ser uma oportunidade ímpar e um momento especial para, a Administração Municipal, tomar providências urgentes, necessárias, por muitos reclamadas e estruturar, a Prefeitura, com pessoas competentes, habilitadas para os cargos que vão ocupar, com vontade de produzir serviços de qualidade e disponibilidade para trabalhar as oito horas diárias determinadas por lei. São responsabilidades das quais, o Sr. Prefeito, não pode eximir-se. O Livro do Eclesiástico em (10-1-3) confirma isso: "Um governador sábio julga o seu povo; o governo de um homem sensato será estável. Tal o governante do povo, tais seus ministros; Qual o governante da cidade, tais os seus habitantes. Um governante privado de juízo perde o seu povo, as cidades se povoam pelo bom senso dos que governam". Tolerar "DESVIOS DE FUNÇÃO" gera outra série de desvios. Atribuir responsabilidades a quem não está preparado para assumi-las ou conceder autoridade a quem não ocupa cargo hierárquico para exerce-la, além de se constituir temeridade administrativa, ofende aos funcionários e dá causa a revoltas e desvios. Desvios geram desvios. Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
|