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Opinião
22/12/2005 - 17h04
Pensando a Administração
José Nivaldo Cordeiro - Parlata
 

Meu retorno às atividades empresariais impôs-me pensar sobre a ciência da Administração. Eu só posso teorizar sobre a minha prática, vez que não acompanho de forma sistemática a literatura pertinente sobre o tema. Mas Administração é por excelência prática, logo o testemunho da minha experiência deverá ter a sua validade.

A arte de administrar não respeita a tradicional fronteira entre o público e o privado, valendo as suas conclusões gerais para ambas as esferas da ação administrativa. As particularidades de cada uma dessas esferas não implicam em generalizações particulares, em uma ciência particular.

Qual a definição mais geral e mais completa de Administração? Administrar é obter resultados através de pessoas, logo é uma atividade social por excelência. O administrador deve possuir, além dos dotes naturais para a função, como personalidade de líder, capacidade de correr riscos, de enfrentar adversidades, de improvisar, de se impor, de agüentar pressões, entre outras, deve possuir também um conjunto de ferramentas vindo de áreas conexas, como a Psicologia, a Economia, o Direito, a Geografia, a Antropologia, a Sociologia, a Ciência Política. As áreas de interesse do administrador devem ser bem variadas e atualizadas.

Duas ciências são particularmente úteis ao administrador nos tempos de hoje, que são a Contabilidade e a Informática. Essas duas áreas do conhecimento se completam, dando ao administrador ferramentas inestimáveis para a ação de decidir, de controlar, de gerenciar. Um jovem que se inicie hoje nos estudos de Administração deve, em primeiro lugar, voltar sua atenção especialmente para esses dois campos. É impossível administrar qualquer coisa hoje sem o uso dos conhecimentos preciosos oriundos dessas áreas de pesquisa.

Se administrar é obter resultados através das pessoas, logo a Administração é por definição uma ciência social. Ela pressupõe o exercício do poder e toda a liturgia e simbologia que o envolvem. O grande tomador de decisão enfeixa em suas mãos poder, sim, mas a correspondente responsabilidade. Dele depende diretamente o conjunto de pessoas ligadas ao empreendimento (de novo, público ou privado é indiferente, com a necessária qualificação de que no setor privado o fracasso é imediato e inapelável. No setor público é transferido, mais das vezes, para a coletividade, cabendo ao fracassado o escasso castigo da perda do cargo ou do mandato, não a sua sobrevivência, sua relevância social, seu destino).

Mas o poder só é legítimo quando exercido com responsabilidade, dentro das regras do Direito Natural. Fugir disso é trilhar o caminho do fracasso e da ilegitimidade. Por isso que o direito de propriedade é a base fundamental para que se construa a verdadeira ciência da Administração. Além desse direito, é importante a clara separação entre o que é público e o que é privado, valendo as regras vigentes em uma sociedade aberta. É por isso que somente nas sociedades capitalistas é que a Administração ganha o desenvolvimento e a sofisticação que tornam possível a condução de grandes empreendimentos, dos grandes aglomerados urbanos, dos grandes sistemas de comunicação e transportes. Enfim, o mundo moderno conforme o conhecemos.

Cabe ao principal administrador de qualquer organização tomar as grandes decisões, construir o futuro, não apenas pessoal, mas também o coletivo. Por isso gosto da frase de Peter Drucker, quando disse que os administradores de ponta não se reúnem para discutir problemas, mas oportunidades. Na mente do administrador “estratégico” está sendo gestado o futuro de todos e de cada um. Os problemas conhecidos têm soluções definidas e um elenco de alternativas limitado. O segundo escalão pode muito bem cuidar deles. O futuro, as oportunidades, não. Por isso que só os verdadeiros empreendedores é que podem ocupar a primeira posição, pois eles dão a dinâmica social. Eles têm a visão. São os condutores, os guias, ainda que anônimos e escondidos em suas pequenas salas de escritório.

Nos sonhos desses homens está o porvir. Eles têm a dádiva de transformar a realidade de forma positiva para a Humanidade. Deles depende diretamente a criação de riquezas e a prosperidade geral. É o herói dos tempos modernos.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL – Associação Nacional de Livrarias.

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