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Medicina e Saúde
25/12/2005 - 17h13
Aproveite o verão com saúde
 
 

Malas prontas, revisão do carro feita, documentos em ordem, passagens na mão. Tudo pronto para as férias de verão. Ou melhor, quase tudo. Um detalhe pequeno pode fazer a diferença na viagem dos sonhos: vacinas. Indicada pelo médico de acordo com uma série de critérios como origem do viajante, destino, idade e costumes, elas podem evitar aborrecimentos durante as férias.

Pelos aeroportos brasileiros passaram mais de 4,5 milhões de estrangeiros no ano passado. Os números dos vôos domésticos também são expressivos: cerca de 33,5 milhões de passageiros. Isso sem contar os milhares de viajantes que preferem as estradas para conhecer o país. Quando pessoas vão e vêm de estados e países diferentes, é preciso redobrar a atenção com a saúde para evitar aborrecimentos de trazer na mala de volta doenças como febre amarela, hepatite A, malária, meningite meningocócica e raiva, que são evitadas com uma vacina.

"Antes de sair de férias, é importante checar se está com a vacinação em dia. Os adultos se esquecem da vacina antitetânica, por exemplo", conta Jessé Alves, do Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, do serviço de check-up de viajante do Laboratório Fleury e representante brasileiro da Sociedade Latino-Americana de Medicina do Viajante. Ele diz que durante as férias há um risco maior de ferimento e que o reforço da vacina deve ser feito a cada dez anos, mas que acaba caindo no esquecimento.

Para aqueles que estão indo à praia e ainda não foram vacinados, Jessé aconselha a vacina contra a hepatite A: "a praia é um lugar de alto risco, especialmente porque, muitas vezes, não tem tratamento de água e esgoto adequados". De acordo com o médico, essa é a doença mais comum entre os viajantes e que nos adultos trazem uma maior gravidade.

"Atualmente, pela facilidade de meios de transporte e pela acessibilidade do turismo, mais e mais indivíduos se deslocam para regiões distantes, o que aumenta a possibilidade da transmissão de doenças. Por isso a importância das pessoas estarem protegidas pelas vacinas disponíveis", afirma Jéssica Presa, gerente-médica da Sanofi-Pasteur, empresa líder mundial na pesquisa e produção de vacinas.

Dependendo do destino escolhido para passar as férias, o médico pode indicar quais são as vacinas necessárias para cada lugar. Por exemplo, quem pretende visitar o Acre, Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins deve ser imunizado contra a febre amarela com no mínimo 10 dias antes da viagem. A mesma vacina serve para quem está vindo de países como Angola, Bolívia, Colômbia, Equador, Nigéria, Peru e Venezuela ou que esteja em trânsito nos últimos três meses.

Aqueles que vão para mais longe devem consultar os órgãos de saúde dos países de destino. Se a idéia é ir para a Arábia Saudita ou para a região da África conhecida como "Cinturão da Meningite", devem se certificar de que foram vacinados contra a meningite meningocócica A+C ou se já está na hora de tomar outra dose da vacina. Atenção também para quem vai à Europa Central. De acordo com Jessé Alves, na Romênia foram registrados mais de 4 mil casos de sarampo em 2005. A doença é considerada erradicada no Brasil, mas muitos adultos não foram vacinados.

Além do destino, outros aspectos devem ser considerados na consulta médica antes da viagem como a idade, o tempo de permanência, a época do ano, o meio de transporte, os hábitos locais, o tipo de atividade a ser desenvolvida (negócios, estudo, turismo ou exploração) e também o local de origem do turista.

As vacinas podem ser administradas em clínicas especializadas em vacinação e em postos de saúde.

Doenças evitadas com vacinas

O calendário oficial de vacinas no Brasil inclui a maioria das vacinas indicadas para os viajantes, principalmente para crianças (sarampo, caxumba, rubéola, difteria, tétano, coqueluche, tuberculose, poliomielite, hepatite B, Haemophilus influenzae tipo b - Hib). Entretanto certas particularidades devem ser observadas:

· Sarampo, caxumba e rubéola - Muitas pessoas chegaram à fase adulta sem terem sido imunizadas porque, há 20 anos não existiam vacinas contra essas doenças. Por isso se recomenda a vacinação de jovens e adultos. Os pais devem antecipar a vacina para crianças que vão para áreas com altas taxas de sarampo, que podem receber a vacina monovalente a partir dos 6 meses de idade, e a tríplice viral a partir dos 12 meses de idade.

· Difteria-tétano - As crianças já são imunizadas no calendário oficial de vacinas. Mas, os adultos e os idosos devem ficar atentos se já receberam o esquema completo das vacinas e se estão em dia com a dose de reforço dupla Adulto (dT), tomada a cada 10 anos.

· Febre-amarela - Existente na África e na América do Sul, esta doença prevalece nos estados brasileiros do Acre, Amapá, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia, Amazonas, Goiás, Pará e Distrito Federal. Disponível nos postos de saúde, a vacina deve ser tomada 10 dias antes da viagem e necessita de dose de reforço a cada 10 anos.

· Meningite meningocócica - Os peregrinos a Meca e Medina precisam tomar a vacina, conforme as leis da Arábia Saudita. A imunização é indicada para aqueles que se dirigem ainda para a região sub-saárica da África, conhecida como "cinturão da meningite".

· Varicela (catapora) - A vacina pode ser administrada a partir de 12 meses de idade. É recomendada a pessoas que nunca contraíram a doença em qualquer viagem e localidade.

· Gripe (influenza) - Quando a viagem acontecer durante a temporada de gripe (em geral do final do outono ao início da primavera do país de destino), o turista deve se imunizar contra o vírus, junto com a vacina contra pneumococo, principalmente os idosos. Surtos de influenza têm sido registrados em navios de cruzeiros, muitos deles de luxo.

· Raiva - A vacinação profilática pré-exposição contra raiva é indicada para países da África e do sul e sudeste da Ásia onde a raiva canina ou em morcegos é comum e a profilaxia pós-contato muitas vezes é de difícil obtenção e má qualidade. Exploradores, guias e praticantes de ecoturismo devem ser vacinados, porque o vírus é disseminado por animais selvagens. O morcego é o principal portador do vírus da raiva e pode transmiti-lo por mordidas ou pelas fezes.

· Hepatite A - Por se tratar de uma doença transmitida via alimentos e água contaminada, recomenda-se a vacinação, principalmente para locais com saneamento básico precário - praias desertas, matas, vilarejos. Quanto maior a idade em que essa doença é adquirida, maior é a gravidade do quadro.

· Febre Tifóide - A vacina é indicada para quem viaja a países em desenvolvimento da Ásia, África e América do Sul.

Doenças transmitidas por insetos, alimentos e água

Não existem vacinas contra várias doenças transmitidas por insetos - como dengue, malária etc. No caso da malária, a prevenção é feita com base nas medidas de proteção individual e em medicamentos. Para as demais doenças, o viajante deve usar sempre um bom repelente (com no mínimo 30% de DEET), sobre o protetor solar, e reaplicar o produto a cada 4 horas.

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