Além da sensibilidade natural, calor, praia e insetos trazem riscos adicionais
Basta ser mãe para saber que a pele do bebê precisa de atenção especial, devido à sua sensibilidade. E os cuidados devem ser redobrados no verão, quando aumenta consideravelmente a ocorrência de certas doenças de pele. No caso das crianças, os principais problemas são queimaduras do sol, brotoeja, micose, herpes e doenças de praia, como o bicho geográfico. Picadas de inseto também representam um problema para as crianças e para as mães. Mário Grinblat, dermatologista do Hospital Albert Einstein, explica que as queimaduras solares são comuns nessa época. "Como a pele do bebê é mais sensível, as queimaduras podem aparecer mesmo se não houver exposição direta ao sol", afirma. Nos casos em que há formação de bolhas, o médico não recomenda a utilização de produtos caseiros, que podem impedir a hidratação da pele. "O importante é fazer a criança beber muita água", diz. Com a chegada do calor, aumenta a produção de suor. E uma das conseqüências pode ser a brotoeja, anomalia cutânea caracterizada pelo surgimento de pequenas bolinhas vermelhas que provocam coceira. "Como maneira de prevenir esse problema, a criança deve usar sempre roupas leves e tomar banho frio, evitando o excesso de suor", ensina. A micose é outra doença de pele típica da estação mais quente do ano. Causada por fungos, apresenta como sintomas algumas lesões descamativas, especialmente na virilha e entre os dedos do pé. Para prevenir o seu aparecimento, a mãe deve enxugar bem o corpo do filho. "O fungo que provoca a micose se desenvolve nas regiões mais úmidas do corpo", esclarece Grinblat. Na praia, é necessário cuidado especial com uma doença que ataca muitos turistas durante o verão: o bicho geográfico. Trata-se de um parasita que se desloca sob a pele, formando um traçado que lembra um mapa, e acomete principalmente pessoas que “dividem” espaço com os cachorros nas areias da praia. As fezes dos cães, que podem estar impregnadas pela Larva migrans, entram em contato com a areia e, posteriormente, com a planta dos pés das crianças, contaminando-as. Além de uma coceira agressiva, pode ocasionar manchas na pele. Seja no campo ou no litoral, um dos inimigos dos bebês são as picadas de insetos. Para o dermatologista, o uso de repelentes é recomendável para prevenção de picadas nos recém-nascidos. "No caso de crianças menores de dois anos, o ideal é o mosquiteiro. Mas o repelente de tomada também traz bons resultados", avalia.
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