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Opinião
31/12/2005 - 18h14
Nossas cidades e o amor social
Cleber Benvegnú - MSM
 

Conversava com uma pessoa de um pequeno município do estado e notava sua pressa em logo encerrar a ligação. Ela precisava ir a uma reunião de famílias da sua quadra, que aconteceria na casa de uma vizinha. São encontros religiosos para refletir e celebrar o Natal, cada vez na residência de alguém.

Esse singelo exemplo é apenas um dentre tantos que ajudam a explicar a alta qualidade de vida dos pequenos municípios. Os locais onde as relações humanas são próximas permitem colocar em prática o amor ao semelhante. A finalidade existencial do ser humano, que é desejar e realizar o bem, converte-se, então, num hábito concreto.

O amor amplia seu sentido quando se reveste de significado social. Interiorizado, é apenas um sentimento. Destinado aos próximos, fortalece a família. Posto em favor do todo social, faz ganhar alma a sociedade. Quem ama o semelhante e coloca em prática esse amor em sua plenitude faz nascer uma saudável preocupação com a comunidade em que vive. E estará pronta a obra da paz social e da qualidade de vida.

Infelizmente, as cidades, em sua maioria, tais como hoje estão organizadas, diminuem a eficácia desse amor, constatação feita há décadas pelo escritor Johannes Messner. O que as rege é o anonimato das relações entre os indivíduos, cuja essência é objetivamente impessoal. A aparelhagem técnica e burocrática reduz a esfera do contato e da colaboração pessoal em todos os domínios sociais. O indivíduo converte-se num elemento abstrato da organização do corpo político e econômico ou num simples apêndice de instituições prontas. O resultado é a sociedade de massas, exatamente o contrário de uma comunidade viva.

O dilema é notável: precisamos cada vez mais desse amor social, e cada vez mais ele nos é difícil de alcançar. Não há fórmula no mundo que tenha dado mais certo, para as cidades, do que o convívio e a proximidade, por mais que, às vezes, isso gere uma rivalidade candente. Recuperar esse senso comunitário vivo, ou pelo menos um pouco dele, é uma tarefa vital para as médias e grandes cidades. O amor a Deus e ao próximo, que carregamos conosco, precisa ser transportado também para nossas comunidades, de modo que por ele sejam enlaçadas e fortalecidas. Não há outro caminho.

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